Na zona rural de São Sebastião, a Escola Classe São Bartolomeu transformou desafios ambientais em oportunidades de aprendizado. Há 15 anos, a escola criou o projeto Viva Verde Vida, que utiliza o Cerrado como uma sala de aula ao ar livre, integrando a educação ambiental com matemática, alfabetização e literatura.
Segundo a diretora Theodora Rodrigues, os subprojetos ajudam na alfabetização da língua e dos números, com atividades que envolvem a quantificação da colheita, o estudo do solo e a produção de textos, fazendo do Cerrado um grande alfabeto para os estudantes. A escola possui trilhas e áreas de mata onde os alunos aprendem sobre biodiversidade, identificando plantas e animais e compreendendo os ecossistemas fora da sala de aula.
Além do Viva Verde Vida, a escola lançou este ano o projeto Água se Planta, focado na preservação da água e no reflorestamento. Inspirado na pesquisa do agricultor suíço Ernst Götsch, o projeto une a leitura de livros infantis, como Os Rios Voadores (Yana Marull) e Azul e Lindo: Planeta Terra Nossa Casa (Ruth Rocha), com o plantio de árvores e visitas a lagoas próximas.
Os alunos Letícia Sousa e Isaque Cardoso, ambos com 9 anos, apresentaram no Circuito de Ciências um berçário de plantas para mostrar o conceito de “plantar água”. Letícia explicou que as raízes das árvores absorvem água do solo, que depois evapora e ajuda a formar as nuvens de chuva.
A autora Yana Marull visitou a escola para contar a história do seu livro, fortalecendo o aprendizado dos alunos, que impressionaram o público no Circuito de Ciências ao compartilhar o conhecimento sobre rios voadores com suas famílias e a comunidade, segundo a professora Luciana Miranda.
