No último sábado (20), a comunidade escolar do Centro de Ensino Médio 417 de Santa Maria decidiu implantar um novo modelo de gestão colaborativa na escola.
A votação contou com a participação de pais, professores, funcionários e alunos com mais de 13 anos, seguindo a Lei de Gestão Democrática. A proposta foi aprovada com ampla participação e maioria simples.
Iniciado em 2019 com quatro escolas-piloto, esse tipo de gestão é aplicado em regiões com maior vulnerabilidade social, identificadas pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
O objetivo é garantir uma educação de qualidade em um ambiente mais seguro, além de oferecer mais oportunidades para inclusão social, como acesso a atividades esportivas, culturais e musicais.
Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública do DF, ressaltou: “Falo aqui não só como secretário, mas também como pai. Queremos criar um ambiente que vá além da sala de aula, com segurança, aprendizado e atividades culturais e esportivas para nossos filhos. Estamos construindo escolas mais preparadas e seguras para transformar realidades.”
Para o vice-diretor da escola, Douglas Ferreira, essa é uma chance de promover melhorias reais: “A gestão colaborativa trará suporte para nossa escola, que enfrenta desafios pela região onde está. Já vimos resultados positivos em outras unidades do DF em termos de disciplina, segurança e aprendizado. Estamos confiantes de que isso também vai acontecer aqui.”
O subsecretário das Escolas de Gestão Compartilhada, coronel Alexandre Ferro, afirmou que o projeto já apresenta bons resultados: “Levamos esse modelo para regiões mais pobres, onde o índice de violência era alto. Com a presença dos militares dentro da escola, a criminalidade diminui e melhora a qualidade da educação, o que faz muita diferença para os jovens.”
Atualmente, 25 escolas cívico-militares participam desse modelo no DF, sendo 17 com apoio dos Bombeiros Militares e 8 da Polícia Militar. Essas escolas estão em vários bairros como Brazlândia, Ceilândia e Santa Maria, entre outros.
Três dessas escolas já estão entre as melhores em desempenho na rede pública, e a implantação nas novas unidades aprovadas começará em novembro com militares integrados às atividades escolares.
Sandro Avelar reforçou seu apoio ao projeto, destacando que o modelo combina educação e segurança para melhorar a vida dos jovens e da comunidade.
Para Carla Batista, mãe de aluno, a gestão compartilhada traz mais segurança para os estudantes: “Acredito que essa gestão fortalece a educação e protege a comunidade. Para mim, disciplina, respeito e oportunidades são essenciais para que os jovens construam um futuro melhor. Por isso, apoio essa iniciativa que abre caminhos para a mudança.”