Um vídeo gravado na casa paroquial pequena vila de Nova Maringá, no interior de Mato Grosso, em 12 de outubro, causou grande repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões entre fiéis e internautas em todo o país. As imagens mostraram o padre Luciano Braga Simplício, de 39 anos, e uma jovem de 21, escondida embaixo da pia do banheiro, após o local ser invadido por quatro pessoas — o ex-sogro da jovem, dois amigos e uma mulher.
As filmagens dentro da casa paroquial repercutiram fortemente e se tornaram o principal assunto na cidade, que tem cerca de cinco mil habitantes, localizada no norte do estado. O episódio atraiu atenção nacional e colocou autoridades religiosas e policiais em estado de alerta.
Cronologia dos fatos
Segunda-feira, 13 de outubro: vazamento do vídeo e denúncia
O vídeo vazou nas redes sociais rapidamente, gerando polêmica e indignação. A jovem de 21 anos registrou um boletim de ocorrência por divulgação indevida, pois o vídeo foi gravado sem seu consentimento. A Polícia Civil classificou o caso como “atípico” pela participação de um líder religioso.
Terça-feira, 14 de outubro: abertura de investigação pela Diocese
A Diocese de Diamantino (MT) iniciou uma apuração interna sobre o comportamento do padre. Em nota, informou que estão sendo tomadas todas as medidas canônicas necessárias. O Tribunal Eclesiástico confirmou que o processo está em sigilo, aguardando a conclusão da investigação preliminar. Luciano negou envolvimento amoroso, dizendo que a jovem apenas pediu para usar o banheiro e trocar de roupa.
Quarta-feira, 15 de outubro: afastamento do padre
O padre foi oficial e temporariamente afastado de suas funções na Paróquia de Nova Maringá. Os serviços religiosos passaram a ser conduzidos pelo padre Pedro Hagassis, de 76 anos.
Quinta-feira, 16 de outubro: mandados de busca e apreensão
A Polícia Civil cumpriu quatro mandados nas residências dos suspeitos que divulgaram o vídeo, incluindo o ex-sogro da jovem, apontado como um dos principais envolvidos na gravação e exposição. Durante as buscas, três celulares foram apreendidos para perícia.
Sexta-feira, 17 de outubro: avanço das investigações
As autoridades examinaram os celulares para identificar a origem e o caminho do vazamento das imagens. O delegado Franklin Alves declarou que a investigação procura responsabilizar individualmente todos os envolvidos na invasão e na divulgação do material. Os suspeitos podem enfrentar acusações por constrangimento ilegal qualificado, invasão de domicílio qualificada, exposição de intimidade, danos qualificados e danos psicológicos à vítima.
Situação atual
Enquanto a Diocese mantém sigilo sobre o caso e o padre segue afastado, a Polícia Civil continua coletando evidências e aguardando os resultados das perícias digitais. A comunidade local permanece dividida entre apoiar o sacerdote e exigir justiça e respeito à privacidade.
