A escalada indoor está ficando cada vez mais popular no Distrito Federal, se tornando uma das atividades físicas mais completas e interessantes nas academias. Essa modalidade, que imita a escalada em pedras com paredes artificiais, combina força, resistência e concentração, exigindo preparo físico e foco mental. Além de ser uma forma diferente de se exercitar, o esporte tem chamado a atenção de pessoas de diferentes perfis.
Hugo Marquesa, de 34 anos, pratica escalada há dez anos e é dono da academia Eleva. Ele começou por curiosidade e logo se apaixonou pela atividade. “A primeira vez foi inesquecível. Me impressionou a variedade de movimentos, a complexidade e o desafio intenso. Nos dias seguintes, senti dores até em lugares que eu nem imaginava”, lembra.
Hugo destaca que a escalada vai muito além do esforço físico. “Esse esporte te deixa muito forte e também te ensina a ser resiliente. Superar desafios, que às vezes levam meses, traz uma sensação muito boa, mostrando que o esforço valeu a pena”, comenta.
Miguel Gomes, monitor de escalada na academia UTB, explica que o esporte ficou mais conhecido graças à mídia e redes sociais. “Programas de TV e canais como o YouTube ajudaram a popularizar a escalada. Com a entrada da escalada nas Olimpíadas, mais pessoas passaram a praticar”, afirma.
O crescimento da escalada se deve aos seus muitos benefícios. “É um esporte que trabalha todos os músculos e melhora o controle do corpo, ajudando a entender como ele reage em diferentes situações”, explica Miguel. Ele também destaca os benefícios mentais: “A escalada ensina a se comprometer, a enfrentar medos e a manter a calma para encontrar as melhores soluções, lições que valem para a vida toda.”
Sobre a organização das rotas nas academias, Miguel comenta: “Alguns lugares usam cores para indicar dificuldade, do mais fácil ao mais difícil. No boulder, os níveis vão de V0 a V17. Na escalada esportiva, os graus vão do quinto ao nono, com subdivisões como 7a, 7b, 7c, entre outras.”
Hugo acredita que o que o mantém na escalada é o equilíbrio entre técnica, desafio e amizade. “O desafio é o que me conquistou, mas a comunidade é o que faz a gente continuar. Todos são amigáveis, não tem competição ruim, e há espaço para crescer e superar desafios pessoais”, afirma.
Miguel reforça o espírito de colaboração entre os escaladores: “As pessoas ajudam umas às outras, compartilham dicas sobre os movimentos e mesmo nos campeonatos, os atletas colaboram para que todos consigam superar os desafios. Essa união é uma das maiores riquezas da escalada.”