O Monte Etna, o vulcão ativo de maior porte na Europa, apresentou nova erupção, lançando material incandescente e cinzas de sua cratera nordeste, além de um fluxo de lava que se estende por aproximadamente 1,8 quilômetros.
Localizado na ilha siciliana da Itália, o vulcão voltou a mostrar sinais de atividade na última sexta-feira, depois de um período relativamente tranquilo. A última erupção nessa cratera aconteceu há quase 28 anos.
Na manhã deste domingo (28/12), explosões de cinzas e fumaça foram registradas, acompanhadas por obras de lava visíveis mesmo com a recente queda de neve.
O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV) informou que uma série de explosões intensas começou na cratera nordeste, espalhando material piroclástico por toda a estrutura do cone vulcânico.
A atividade aumentou na abertura situada na encosta superior de outra cratera, gerando uma coluna contínua de fumaça que alcançou várias dezenas de metros de altura.
Explosões ocasionais foram também observadas na cratera Bocca Nuova, onde fragmentos incandescentes foram arremessados a dezenas de metros acima da borda, segundo o INGV.
Aumento do nível de alerta
A Defesa Civil italiana elevou o nível de alerta do verde para o amarelo, que é o segundo em uma escala de quatro níveis. Isso demonstra que já foram iniciados os preparativos para uma possível emergência.
As ações prioritárias focam na redução dos riscos e na proteção e resgate dos turistas que ainda estão nas proximidades ou escalando o vulcão em atividade. A população da maior ilha do Mediterrâneo foi aconselhada a seguir as orientações oficiais e manter-se atualizada.
Para a aviação, o INGV aumentou o alerta para o nível vermelho, o mais alto que existe na escala de quatro níveis. Até o momento, a atividade não atrapalhou as operações no Aeroporto de Catania-Fontanarossa, localizado ao sul do Monte Etna.
Com cerca de 3.400 metros de altitude, o Etna é o vulcão mais ativo da Europa, erupcionando várias vezes ao longo do ano e sendo monitorado continuamente. Sua altura varia constantemente devido às erupções e à formação de novos cones, que modificam a região do cume. A intensa atividade vulcânica também atrai muitos visitantes anualmente.
