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sexta-feira, 22/08/2025

Erro de mobilização da base governista na CPMI do INSS, admite Gleisi

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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reconheceu nesta sexta-feira (22/8) que houve uma falha na organização da base governista no Congresso Nacional durante a formação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Tivemos um problema na mobilização dos nossos membros para a CPMI. Alguns de nossa base não compareceram, e isso representou uma falha na mobilização. Essa situação não irá se repetir. Estamos em processo de reorganização e acreditamos que conseguiremos estabelecer a maioria nesta CPMI”, declarou a ministra em entrevista à CNN.

Em março de 2024, o Metrópoles revelou que 29 organizações autorizadas pelo INSS a descontar mensalidades associativas de aposentados aumentaram seu faturamento em 300% enquanto enfrentavam mais de 60 mil processos judiciais.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o montante arrecadado através desses descontos subiu de R$ 544 milhões em 2021 para R$ 2,1 bilhões em 2024.

Após estas revelações, o INSS iniciou investigações internas, enquanto a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) também deram início a apurações que culminaram na Operação Sem Desconto.

A legislação que autoriza os descontos diretamente na folha de pagamento dos aposentados data da década de 1990, tendo sido criada para facilitar o relacionamento entre aposentados e as entidades às quais se associaram voluntariamente.

A escolha do presidente e do relator da CPMI fortaleceu a ala próxima ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), indicou o senador Omar Aziz (MDB-AM) para presidir o colegiado, porém foi eleito o senador Carlos Viana (Podemos-MG).

Para relatoria, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sugeriu o nome de Ricardo Ayres (Republicanos-TO), mas quem assumiu o posto foi o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).

Gleisi Hoffmann ressaltou que as investigações da CPMI devem também alcançar a oposição. “Nossa intenção é que essa CPMI examine verdadeiramente as responsabilidades e o início desse processo. A oposição tem grande parte da responsabilidade. Durante o governo Bolsonaro, enfrentamos muitos problemas que deram origem a estas cobranças ilegais.”

Após o revés na CPMI, Gleisi Hoffmann reuniu a base governista no Congresso Nacional para discutir os próximos passos relacionados ao tema.

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