O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou seu apoio às operações militares dos Estados Unidos na região do Caribe e ressaltou que não reconhece Nicolás Maduro como legítimo presidente da Venezuela. Essa opinião foi expressa em uma entrevista concedida à Fox News na terça-feira (11/11), onde Noboa afirmou que o verdadeiro líder venezuelano deveria ser o opositor do governo chavista, Edmundo Gonzáles.
“Sou a favor de medidas contra os cartéis de drogas. Acredito que o presidente Trump tem o objetivo claro de combater o tráfico de drogas e evitar que este produto chegue aos Estados Unidos”, afirmou Noboa. Ele acrescentou: “Sobre Nicolás Maduro, não o reconheço como presidente. Creio que ele está no poder de forma forçada e não democrática. Edmundo Gonzáles deveria ser quem governa a Venezuela.”
O posicionamento de apoio ao presidente Trump ocorre em um contexto de aumento das tensões entre os EUA e a Venezuela, com embarcações norte-americanas realizando bombardeios próximos à costa venezuelana sob a justificativa de combater o narcotráfico naquela rota.
Daniel Noboa compartilha afinidades políticas e ideológicas com Donald Trump e chegou a declarar o Cartel de Los Soles, uma organização criminosa vinculada à Venezuela e liderada por Maduro segundo os EUA, como um “grupo terrorista”.
Noboa questiona a legitimidade do presidente venezuelano com base na ausência das atas eleitorais que comprovem sua reeleição. Em resposta, Maduro nega qualquer envolvimento com o narcotráfico e chega a acusar Daniel Noboa de liderar o tráfico internacional de drogas.
Prêmio Nobel da Paz
O chefe do executivo equatoriano anunciou que acompanhará María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz, na Noruega, demonstrando apoio ao conservadorismo e repúdio ao governo de Maduro.
“Recentemente, recebi um convite de María Corina Machado para estar presente em Oslo no momento em que ela receberá o Prêmio Nobel da Paz. Aceitei com satisfação e considero este um instante importante para estarmos unidos, mostrando nosso suporte. Será um evento significativo para María Corina e para toda a América Latina”, afirmou Daniel Noboa.
