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quinta-feira, 13/11/2025




Epstein afirmou que Trump conhecia abusos, mas não participou

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Novos documentos divulgados pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (12/11), indicam que Donald Trump tinha ciência do esquema de abuso sexual de menores liderado por Jeffrey Epstein, contudo, o atual presidente dos EUA não participou dos abusos.

Mais de 20 mil páginas de documentos foram divulgados pelo comitê da Câmara. Um dos arquivos apresenta um e-mail enviado por Epstein em 1º de fevereiro de 2019, cerca de seis meses antes de sua morte.

Trump sabia disso (dos abusos) e veio à minha casa muitas vezes durante esse período”, escreveu Epstein em mensagem encaminhada para si próprio. Na mesma mensagem, o empresário garantiu que Trump não participou dos crimes. “Ele nunca recebeu uma massagem”, declarou.

Caso Jeffrey Epstein

Jeffrey Epstein foi acusado de abusar sexualmente de meninas menores entre as décadas de 1990 e 2000, por meio de uma rede de tráfico coordenada por ele.

As investigações começaram em 2005. Ele foi preso em 2008, após se declarar culpado de algumas acusações, recebendo pena mais leve. Foi libertado em julho de 2009.

Epstein voltou à mídia em 2019, quando novas investigações federais levaram a sua prisão novamente.

Em agosto de 2019, menos de três semanas após ser preso, Epstein foi encontrado morto em uma cela em Manhattan. Investigações apontam suicídio.

A “massagem” mencionada por Epstein era parte do esquema criminoso. Documentos do Tribunal Distrital do Distrito Sul de Nova York indicam que o tráfico envolvia recrutamento de jovens, prometendo US$ 200 por uma massagem a um bilionário.

As vítimas eram levadas ao quarto de Epstein, onde ele abusava sexualmente delas. “Este padrão se repetiu várias vezes com diversas crianças”, relata a ação judicial.

Trump tinha conhecimento dos abusos

Outros documentos confirmam que Trump estava ciente dos abusos. Em 2019, Epstein enviou uma mensagem ao autor Michael Wolff afirmando que o presidente “sabia das meninas”.

Trump disse que pediu minha renúncia, mas nunca fui membro do clube dele, Mar-a-Lago. Ele sabia das meninas, pois pediu para Ghislaine parar”, escreveu Epstein.

Em troca de e-mails de 2011 com Ghislaine Maxwell, então sua parceira e depois condenada por facilitar os crimes, Epstein afirmou que Trump passou horas com uma das vítimas em sua casa.

Relação entre Trump e Epstein

Embora nunca oficialmente investigado, a ligação entre Trump e Epstein gerou controvérsia no segundo mandato do presidente republicano.

Nos anos 1990 e 2000, os dois eram próximos e foram fotografados em festas nos círculos sociais altos dos EUA.

Trump nega conhecimento dos crimes de Epstein. Na campanha eleitoral recente, prometeu divulgar novos documentos sobre o escândalo, incluindo nomes ligados ao esquema de exploração sexual.

Alguns documentos foram divulgados, mas sem novidades importantes.

Trump responde a acusações

Após a divulgação dos e-mails, Donald Trump acusou os democratas de utilizarem o caso para desviar a atenção das dificuldades enfrentadas pelo governo americano, incluindo o fechamento parcial do governo (shutdown).

Ele afirmou que os opositores políticos fazem de tudo para tirar o foco das falhas governamentais e de outros temas importantes.




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