Levent Gumrukcu disse ao jornal turco em uma entrevista que a mídia fez parecer que a Suécia havia abordado todas as objeções à sua adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que a bola estaria do lado da Turquia.
“Isso não é verdade. Até a própria Suécia admite que ainda há passos a serem dados para cumprir os requisitos estabelecidos no acordo trilateral”, disse o enviado.
A Turquia exigiu garantias da Suécia e da Finlândia de que não iriam abrigar independentistas curdos, grupo que considera terrorista. A Finlândia foi autorizada a ingressar na OTAN no final de março, enquanto a admissão da Suécia foi interrompida devido aos protestos pró-curdos em Estocolmo.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse em março que Ancara esperava que a Suécia fizesse progressos tangíveis na luta contra o terrorismo. O chefe da OTAN, Jens Stoltenberg, argumentou na cerimônia de adesão finlandesa, em abril, que a Suécia também cumpriu todos os requisitos.
“Assim que a Suécia cumprir sua promessa de combater o terrorismo, tomaremos as medidas necessárias para finalizar o processo de adesão da Suécia o mais rápido possível e iniciar o processo de aprovação parlamentar”, disse Gumrukcu.
O governo sueco negou abrigar pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é proibido na Turquia. Apesar disso, a mídia turca informou nesta terça-feira que bandeiras do PKK foram vistas hasteadas do lado de fora de instituições governamentais na segunda maior cidade do país, Gotemburgo.