Os criminosos envolvidos no golpe do milho movimentaram cerca de R$ 120 milhões ao aplicar fraudes nos últimos cinco anos. Essa organização criminosa utilizava o esquema conhecido como ‘golpe do falso intermediário’ para enganar agricultores e produtores rurais.
No modus operandi, o golpista inicialmente contata corretores de milho fingindo ser um comprador interessado. Confiando na boa fé, esses corretores compartilham informações e imagens dos lotes disponíveis.
Com esses dados em mãos, os golpistas vão atrás de outros corretores legítimos. Esses corretores buscam compradores reais, que acabam sendo as futuras vítimas do golpe.
O fraudador então negocia diretamente com a vítima, fingindo ser um produtor rural, e costuma solicitar o pagamento por transferência bancária para concretizar a fraude.
Investigação e prisões
A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais de Rio Verde (8ª DRP), conduziu a Operação Agrofraude para desarticular essa rede criminosa que atuava em vários estados, incluindo o Distrito Federal.
Mais de 41 pessoas foram identificadas como parte do esquema, e os investigadores confirmaram que a quadrilha causou prejuízos superiores a R$ 1 milhão apenas na região de Rio Verde (GO). Em um dos casos, uma vítima transferiu R$ 270 mil para os golpistas, que se passaram por produtores rurais para aplicar o golpe.
As autoridades cumpriram 81 mandados judiciais que envolviam prisões, buscas, apreensões, bloqueios de contas e sequestro de bens em vários estados, incluindo Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas, Acre, Piauí e o Distrito Federal.