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terça-feira, 11/11/2025




Enfermagem: maioria dos empregos está no setor público

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Em Brasília

Entre 2017 e 2022, o Brasil teve um crescimento de quase 44% nas vagas de trabalho em enfermagem, passando de cerca de 1 milhão para 1,5 milhão de vínculos. Contudo, esse número não representa o total de profissionais, pois um indivíduo pode ter mais de um emprego.

Esses dados fazem parte do estudo Demografia e Mercado de Trabalho em Enfermagem no Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde, que traz uma análise detalhada do setor que concentra o maior número de empregos na área da saúde, incluindo enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

O levantamento, que abrange o período de 2017 a 2022, mostra que as vagas em enfermagem cresceram em todos os níveis de atenção à saúde: básica, média complexidade e alta complexidade.

A atenção de alta complexidade teve o maior aumento, passando de 635 mil empregos em 2017 para quase 900 mil em 2022, um crescimento de 41%. As atenção primária e secundária subiram 39,2% e 39%, respectivamente, no mesmo período.

As mulheres compõem cerca de 85% dos profissionais da enfermagem no país, enquanto o setor público concentra 61,9% desses vínculos profissionais.

Impacto da Covid-19

Dados entre 2020 e 2022, período da pandemia de covid-19, indicam crescimentos relevantes na contratação de enfermeiros e técnicos, especialmente no setor público.

“Esse aumento reflete a necessidade de reforçar as equipes para atender a alta demanda em hospitais, unidades de terapia intensiva e na vacinação em massa”, explicou o ministério.

Na atenção básica, por exemplo, houve um crescimento de 42% em enfermeiros e 77% em técnicos no setor público.

Crescimento nas Regiões

De 2017 a 2022, todas as regiões do Brasil apresentaram aumento nas vagas. O Nordeste cresceu 46,3% e o Norte, 43,8%.

O Centro-Oeste teve o maior avanço, com 57,3%, o Sul aumentou 44,6%, e o Sudeste, embora tenha o menor índice (34,9%), ainda possui a maior concentração de empregos em enfermagem.

Tipos de vínculos

O estudo mostra que cerca de 67% dos vínculos de trabalho em enfermagem são formais, sob regime da CLT. Os demais atuam por contratos estatutários, temporários ou autônomos.

Atuação no SUS

Enfermeiros, técnicos e auxiliares formam a maior parte dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Eles são fundamentais para cuidar dos pacientes em todos os níveis de atenção, desde a básica até a alta complexidade”, destacou o ministério.

Mercado de trabalho e salário

Em enfermagem, predominam jornadas entre 31 e 40 horas semanais, com salários médios variando entre dois e três salários mínimos, aproximadamente R$ 3.036 a R$ 4.554.

Ensino e Formação

O setor privado cresceu significativamente no ensino técnico e superior de enfermagem, principalmente na modalidade à distância (EaD), que em 2022 representou 50,3% das vagas ofertadas.

“Esse cenário é um alerta para o governo e entidades da saúde, pois o aumento dos estudantes é necessário para suprir a demanda por profissionais em todo o Brasil”, analisou o ministério. As informações são da Agência Brasil.




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