Enel anunciou que vai investir R$ 10 bilhões para acelerar a instalação de redes elétricas subterrâneas, além de fortalecer a resistência da rede, digitalizar a fiscalização e aumentar as ações preventivas.
A empresa explicou que isso será feito por meio de um plano coordenado com autoridades públicas para garantir o retorno justo do investimento. Anteriormente, a Enel tinha afirmado que enterrar os fios não era financeiramente viável.
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, Ricardo Nunes, prefeito da capital, e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, anunciaram que vão encaminhar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um pedido para encerrar o contrato da Enel em São Paulo e região metropolitana.
Na semana passada, milhões de clientes ficaram sem energia por mais de cinco dias devido à queda de árvores sobre a rede elétrica.
A Enel aumentou a contratação de funcionários e terceirizados, elevando os custos em 30% em 2025 em comparação a 2024, chegando a mais de 4,6 mil trabalhadores.
Os gastos com poda e manutenção de árvores cresceram 16,8%, com investimentos totais chegando a R$ 1,9 bilhão no ano, um aumento de 25,8% em relação a 2024.
A receita líquida da empresa subiu 8,9%, passando dos R$ 16 bilhões, e o lucro atingiu cerca de R$ 650 milhões até setembro.
A empresa afirmou que cumpriu todos os indicadores regulatórios, apresentando progressos em qualidade do serviço, conforme conferido pela agência reguladora.
Aneel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicou que está monitorando os impactos do apagão de outubro de 2024 na área de concessão da Enel-SP.
Depois da interrupção, a Aneel emitiu um termo de intimação, que é uma etapa que pode levar à recomendação de fim do contrato da Enel, encaminhada ao Ministério de Minas e Energia.

