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sexta-feira, 22/11/2024
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Endividamento e inadimplência crescem entre famílias em agosto, diz CNC

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A proporção de famílias que se declararam muito endividadas cresceu de 13,2% em julho para 13,5% do total de entrevistados em agosto

Os brasileiros ficaram mais endividamentos e inadimplentes em agosto, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostrou que o porcentual de famílias com dívidas aumentou de 59,6% em julho para 60,7% em agosto, a segunda alta mensal consecutiva.

Em relação a agosto do ano anterior, porém, o indicador de endividamento era mais elevado, alcançando 61,2% do total de famílias.

A proporção das famílias com contas em atraso também avançou, de 23,7% em julho para 23,8% em agosto, mas ainda é inferior ao resultado de agosto de 2017, quando 25,9% eram inadimplentes.

O total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou de 9,4% em julho para 9,8% em agosto, embora ainda seja menor que o patamar de agosto do ano passado (10,6%).

A proporção de famílias que se declararam muito endividadas cresceu de 13,2% em julho para 13,5% do total de entrevistados em agosto.

“Apesar do aumento pontual, o indicador permaneceu em patamar inferior ao do ano passado, refletindo ritmo menor de recuperação do consumo das famílias e maior cautela na contratação de novos empréstimos e financiamentos”, disse a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.

O cartão de crédito permaneceu como principal tipo de dívida, apontado por 76,8% das famílias entrevistadas. O carnê foi o segundo mais citado (14,2%), seguido pelo financiamento de carro (10,4%).

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,4 dias em agosto de 2018, abaixo dos 64,7 dias registrados no mesmo período do ano passado. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,0% das famílias possuem dívidas por mais de um ano.

Entre as endividadas, 20,5% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

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