Cleber Lúcio Borges, empresário do setor de móveis, foi flagrado quando agredia violentamente sua companheira dentro de um elevador. Além das agressões, foi descoberto que ele furtava energia para a loja que mantém, configurando furto qualificado.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, denúncias informaram sobre a ligação clandestina na rede de energia do depósito localizado no Setor Habitacional Bernardo Sayão, no Guará.
Dada a gravidade do episódio, a polícia não descarta a possibilidade de mudar a tipificação do crime para tentativa de feminicídio.
Imagens das câmeras de segurança do edifício Via Boulevard, no Guará II, registraram o momento das agressões, ocorridas em 1º de agosto, e tornaram-se públicas em 7 de agosto, quando Cleber foi detido em flagrante por porte irregular de arma e acessórios proibidos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.
O vídeo mostra Cleber descendo do elevador e desferindo um soco na companheira que aguardava para subir ao apartamento do casal. Logo depois, ele volta para o interior do elevador com a mulher, iniciando seqüência de socos e cotoveladas até que ela cai no chão. Ao tentar reagir, ela sofre mais agressões. Em um momento de pausa, o casal discute, mas Cleber não abandona a agressão, arrancando a bolsa da vítima e retirando um objeto de dentro dela.
As imagens finalizam com Cleber saindo do elevador e a vítima caída no chão apertando o botão para outro andar.
Prisão e apreensão de armas
Nesta quinta-feira (7/8), Cleber foi preso por posse ilegal de armas durante cumprimento de mandado expedido pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A medida atende a um inquérito policial que investiga lesão corporal contra a mulher.
Durante a ação, policiais encontraram em sua residência duas armas de fogo, incluindo uma pistola Beretta calibre .22 e uma arma antiga de calibre não identificado, além de 518 munições de calibres variados.
Após a detenção, Cleber foi levado à 4ª DP, onde foi autuado em flagrante e teve fiança fixada em R$ 25,9 mil. Apesar do pagamento, ele permanece preso preventivamente por ordem judicial relacionada à violência doméstica.
A defesa do empresário declarou que tomará as medidas cabíveis no processo, ressaltando que o caso está em fase de investigação e reforçando o interesse do investigado em esclarecer os fatos, reiterando sua idoneidade.