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sexta-feira, 15/08/2025

Empresário fala sobre roupa no caso da morte de gari

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Renê da Silva Nogueira Júnior, empresário de 47 anos, mostrou frieza e cautela ao comentar sobre o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes.

Em seu depoimento ao juiz Leonardo Damasceno, Renê detalhou suas ações no dia do incidente: “Cheguei da academia às 14h10, registro que pode ser confirmado pelas câmeras do local. Enquanto estava no elevador da academia, notei policiais acompanhados da advogada da empresa, que creio ser da companhia do falecido.”

A advogada indicou Renê para as autoridades, apontando: “É aquele jovem com bermuda azul e camiseta branca. Contudo, eu não estava com a mesma roupa da manhã — durante a manhã, usava uma calça social preta da Diesel e uma camisa polo marrom.”

O juiz que determinou a prisão preventiva do empresário descreveu sua personalidade como violenta e desequilibrada após ouvir o depoimento. Iniciando a audiência, o juiz ressaltou que as vítimas, especialmente Laudemir de Souza, estavam trabalhando, exercendo um serviço público essencial para a cidade de Belo Horizonte. “Um cidadão, aparentemente armado e motivado por desavença no trânsito, agiu de modo desequilibrado e violento na região.”

O magistrado destacou o comportamento perturbador do réu que, após o ato criminoso, foi para a academia treinar. “Cometer um crime grave e depois ir treinar em uma academia? Isso necessita de uma análise aprofundada da personalidade do envolvido.”

A defesa do acusado alegou que ele é réu primário, possui bons antecedentes e residência fixa, e solicitou sigilo no caso, o que foi negado. O juiz rejeitou os argumentos, ressaltando as provas fortes para manter a prisão preventiva. O crime foi qualificado como hediondo e requer punição rigorosa.

No depoimento, Renê negou o crime, relatando ter ido trabalhar, passear com o cachorro e depois para a academia. Ao sair da academia, foi preso ao encontrar policiais, explicando que as testemunhas o confundiram com outra pessoa no momento da prisão em flagrante.

Testemunhas informaram que Laudemir e colegas recolhiam resíduos quando Renê passou de carro, exigindo a retirada do caminhão para passar com seu veículo elétrico. Após pequena discussão com a motorista do caminhão, ele desceu do carro e efetuou disparos.

Laudemir foi atingido na costela, socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A causa da morte foi hemorragia interna causada pelo projétil.

A prisão do empresário ocorreu horas depois numa academia de luxo no bairro Estoril, em operação conjunta das polícias Civil e Militar. Renê foi encaminhado ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela apuração.

O Ministério Público de Minas Gerais informou que o empresário permanecerá detido até a conclusão das investigações.

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