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sábado, 23/08/2025

Empresário confessou estar armado durante o incidente com o gari

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Após admitir à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) que matou o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, revelou novos detalhes em seu depoimento nessa segunda-feira (18/8).

Ele afirmou que no dia do ocorrido não tinha tomado sua medicação para bipolaridade, que mantinha uma arma por precaução e que não prestou socorro porque acreditava não ter ferido ninguém com o tiro.

O empresário explicou que pensava em responder apenas por porte ilegal de arma, pois a pistola pertencia à sua esposa — a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira — e teria sido retirada sem o conhecimento dela.

Durante o trajeto até o trabalho, Renê disse ter se perdido em um beco sem saída. Populares o instruíram a voltar, e foi nesse instante que ele tirou a arma da mochila, posicionando-a sob a perna e chegou a manuseá-la.

Detalhes do depoimento

  • Começou a trabalhar no novo emprego em Betim há uma semana;
  • Por receio do caminho desconhecido e considerado arriscado, resolveu secretamente levar a arma da esposa na mochila;
  • Afirmou ser a primeira vez que manuseava a arma particular, pois a esposa proibida seu acesso;
  • Garantiu que a arma usada no crime não era a pistola funcional da delegada, que fica guardada em caixa específica;
  • Quando se perdeu, teve o auxílio de populares para retornar;
  • Nesse momento, retirou a arma da mochila e a colocou debaixo da perna, manipulando-a.

Desentendimento no trânsito e disparo inesperado

Logo após, encontrou um caminhão de lixo em uma rua estreita. Renê declarou que a motorista permitiu que os carros à frente passassem, mas acelerou ao perceber que ele tentava avançar. Ele gritou: “Meu carro é largo, não vai passar.”

A motorista avistou a arma e alertou os garis: “Ele está armado!”. Um dos coletores se aproximou e disse: “Quero ver ameaçar um homem”.

O empresário saiu do carro segurando a arma, apontando para o chão, fazendo com que o gari recuasse. Perguntando se queria brigar, a arma disparou acidentalmente.

Confusão e ausência de socorro

Renê confessou que não percebeu que o tiro atingiu alguém. Tentou pegar a munição que caiu na rua, não conseguiu e voltou ao carro, seguindo para o trabalho. Disse que teria parado para ajudar se soubesse de feridos.

O empresário ainda comentou que estava ansioso pelo novo emprego, o que o fez esquecer de tomar a medicação para bipolaridade naquele dia.

Embora não lembrasse o nome do remédio, explicou que serve para estabilizar o humor e “equilibrar a cabeça”.

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