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domingo, 14/09/2025

Empresário Careca do INSS irá depor na CPMI na próxima segunda

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O empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o Careca do INSS, decidiu depor à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que investiga irregularidades em aposentadorias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na segunda-feira, dia 15 de setembro. A confirmação veio do presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), no domingo, 14 de setembro.

O ministro relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, havia estipulado que a presença do lobista seria opcional. Antunes foi preso em operação da Polícia Federal na manhã de sexta-feira, 12 de setembro. Também foi detido o empresário Maurício Camisioti, que também foi convocado para depor na CPMI.

Contexto do escândalo

O escândalo envolvendo o INSS foi divulgado pelo Metrópoles em uma série de reportagens a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades, através dos descontos das mensalidades dos aposentados, alcançou a marca de R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações eram alvo de milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As matérias incentivaram a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e auxiliaram nas investigações conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU). No total, 38 reportagens foram mencionadas pela PF na representação que levou à Operação Sem Desconto, realizada em 23 de abril e que resultou na saída do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Esquema de segurança para depoimento

De acordo com Carlos Viana, a Polícia Legislativa e a Polícia Federal estão organizando um esquema de segurança rigoroso para o depoimento de Antunes.

O senador de Minas Gerais declarou que ele e o relator, Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), estão em negociação com outros investigados para que prestem depoimentos voluntários à CPMI. Até agora, o colegiado já ouviu representantes da Defensoria Pública da União (DPU), da CGU e da Polícia Federal.

Na última semana, a CPMI também ouviu dois ex-ministros da Previdência: Carlos Lupi, que liderou o ministério desde o começo do governo Lula até maio, quando entregou o cargo devido à pressão causada pelo escândalo, e José Carlos Oliveira, ex-ministro do governo Bolsonaro, cujo depoimento foi marcado por contradições e acusações de omissão por parte da base governista.

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