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terça-feira, 18/11/2025




Empresário associado ao CV, “mentor de barricadas” é alvo da polícia

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As polícias Civil e Militar iniciaram, nesta terça-feira (18/11), uma nova fase da Operação Contenção, considerada a principal ação contra a expansão territorial do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. O foco da operação é desarticular a estrutura financeira e logística da facção, focando especialmente em um empresário do setor de reciclagem identificado como Cosme Rogério Ferreira Dias. Conhecido como “Mentor de Barricadas”, ele é apontado como financiador e fornecedor dos materiais usados na construção de barreiras ilegais em áreas dominadas pelo CV.

Participam da operação agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Bope e de setores do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). Até o momento da publicação, 15 suspeitos já haviam sido detidos.

Os agentes da DRF estão cumprindo 41 mandados de prisão e 94 mandados de busca e apreensão. A Justiça também ordenou o bloqueio de R$ 217 milhões em bens e valores. Oito ferros-velhos foram fechados. As ações se estendem pelas regiões do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Objetivos principais da ação

  • Cumprir mandados de prisão e busca e apreensão.
  • Bloquear R$ 217 milhões em ativos associados ao crime.
  • Fechar oito ferros-velhos utilizados para receptação e lavagem de dinheiro.
  • Realizar operações no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Funcionamento do esquema

As investigações indicam que grande parte dos recursos utilizados para construir e manter barricadas era originada da receptação e venda de cobre e outros metais furtados. Esses materiais eram direcionados a ferros-velhos que tinham ligação com o tráfico, funcionando como centros para lavagem de dinheiro e apoio operacional da facção.

Segundo a polícia, esses estabelecimentos financiam a construção e manutenção de barricadas, vigilância armada e o funcionamento de pontos de venda de drogas.

O secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, declarou que esta fase da operação representa “um golpe direto na estrutura econômica do Comando Vermelho, buscando estrangular financeiramente a facção e limitar sua capacidade de controle territorial”.

A análise financeira feita pela DRF revelou movimentações ilícitas superiores a R$ 217 milhões, um montante incompatível com as atividades declaradas pelos investigados. Com base nesses dados, a Justiça autorizou:

  • Bloqueio total de ativos financeiros;
  • Sequestro de imóveis de alto padrão no Recreio dos Bandeirantes;
  • Apreensão de veículos de luxo;
  • Fechamento de oito ferros-velhos utilizados para escoamento de cobre furtado;
  • Afastamento forçado dos sócios e responsáveis legais.




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