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quinta-feira, 04/12/2025

Empate técnico define eleição presidencial em Honduras entre candidato apoiado por Trump e apresentador

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Em um empate técnico, os dois principais candidatos à presidência de Honduras, país da América Central, limitando-se ao norte pelo Mar do Caribe e ao sul pelo Oceano Pacífico, aguardam o resultado da apuração dos votos. Já se passaram quatro dias consecutivos desde o início da contagem, com aproximadamente 85% do processo concluído até o momento.

A apuração sofreu atrasos em duas ocasiões devido a problemas técnicos, conforme relatado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A disputa segue acirrada entre os dois candidatos de tendências conservadoras: Nasry Asfura, que conta com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o apresentador de televisão Salvador Nasralla. De acordo com a BBC britânica, a diferença entre os candidatos é mínima, com uma margem de apenas 0,3 ponto percentual.

As eleições presidenciais em Honduras ocorreram no último domingo (30/11), envolvendo uma competição intensa entre candidatos de direita, enquanto a esquerda mostra-se enfraquecida.

Após a primeira interrupção técnica, ocorrida há dois dias, Trump acusou Honduras de tentar manipular o resultado eleitoral, alertando sobre consequências severas em caso de fraude: “É fundamental que a Comissão finalize a contagem dos votos. Centenas de milhares de hondurenhos precisam ter suas escolhas contabilizadas. A democracia deve prevalecer”, declarou em sua rede social Truth Social.

Contudo, o CNE informou que a falha foi técnica e relacionada à plataforma de divulgação dos resultados, e não uma decisão tomada pela comissão. Eles estão investigando o problema e planejam uma reunião extraordinária com a empresa responsável para solucionar a questão. Espera-se que o sistema retome seu funcionamento normal na manhã seguinte.

O jornal New York Times destacou que o ex-gerente de campanha de reeleição de Donald Trump, Brad Parscale, participou da recente campanha presidencial de Nasry Asfura. A presença de Parscale na campanha mostra como interesses políticos conservadores globais têm buscado alinhar-se ao líder americano e ressalta o papel de Trump como líder de uma onda populista mundial, evidenciando também sua crescente intervenção na política externa para favorecer políticos que adotam sua retórica nacionalista.

Além das eleições, a influência de Trump na política hondurenha se estende a outras áreas. Recentemente, ele concedeu perdão ao ex-presidente Juan Orlando Hernández, que havia sido preso nos Estados Unidos.

Hernández foi sentenciado a 45 anos de prisão por envolvimento com tráfico de drogas e armas. O perdão gerou surpresa internacional devido à aparente contradição, considerando que Trump tem intensificado esforços contra o tráfico em países latino-americanos, como Venezuela e Brasil.

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