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segunda-feira, 25/11/2024
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Em delação, executivos da Odebrecht citarão mais de cem políticos

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Segundo jornal, a lista inclui os governadores Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Pimentel (PT) e Luiz Fernando Pezão (PMDB)

Defesa da Odebrecht apela ao STJ com pedido de habeas corpus (VEJA.com/VEJA/VEJA)
Defesa da Odebrecht apela ao STJ com pedido de habeas corpus (VEJA.com/VEJA/VEJA)

Em negociação para fechar o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, Marcelo Odebrecht e executivos da empreiteira listaram mais de cem políticos, entre deputados, senadores, ministros e governadores, como beneficiários diretos de desvios de verba pública ou de repasses a campanhas eleitorais. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada nesta sexta-feira, entre os citados estão os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); de Minas, Fernando Pimentel (PT); e do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A matéria não deixou claro em que circunstâncias eles são mencionados na delação. Também aparece na lista o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que já foi citado por outros delatores, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

 Em junho já havia revelado os primeiros detalhes do que Odebrecht pretendia revelar aos procuradores em sua colaboração. Na ocasião, já havia a informação de que 13 governadores seriam citados. De acordo com VEJA, Odebrecht também diria que a campanha à reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior e que os detalhes do financiamento eram tratados diretamente com o ex-chefe de gabinete da presidente afastada Giles Azevedo.

As tratativas dos executivos da Odebrecht com o MP chegaram a emperrar no começo, mas agora estão avançando de forma significativa. Os depoimentos devem começar ainda hoje, segundo o jornal. “Foi superada a fase da conversa entre procuradores e advogados. Agora, a conversa é entre procuradores e réus. Nessas conversas eles indicam o que realmente vão dizer”, disse uma fonte.

O ponto crucial para o avanço do acordo foi a informação de que a Odebrecht estava conseguindo recuperar os arquivos do Setor de Operações Estruturas da empreiteira, responsável por operacionalizar a propina paga para a obtenção de contratos de obras públicas.

Em nota, o governador Geraldo Alckmin informou que todas as suas prestações de contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. “À frente do governo de São Paulo, Geraldo Alckmin sempre pautou suas ações de forma estritamente profissional na defesa do interesse público com empresários. Geraldo Alckmin não mantém e jamais manteve relações pessoais com executivos da empresa Odebrecht”, diz o texto.

Já o governador Pimentel afirmou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar uma suposta delação “que, se de fato ocorreu, está resguardada pelo sigilo judicial”.

O governador licenciado Pezão não quis comentar por não ter detalhes do que está sendo dito na delação. E o ex-governador Cabral “manifestou sua indignação e seu repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude”. O peemedebista afirmou que manteve com a Odebrecht apenas relações institucionais.

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