Em uma viagem à África esta semana, realizada em paralelo com a de Lavrov, Macron acusou a Rússia de iniciar “um novo tipo de guerra mundial híbrida” e caracterizou Moscou como “uma das últimas potências coloniais imperiais”.
“Quando você os vê aparecendo aqui, é isso que está acontecendo”, disse o presidente francês fazendo referência às atividades russas na República Centro-Africana e no Mali. Macron acusou a Rússia de “apoiar poderes políticos enfraquecidos que lutam para assumir responsabilidades ou juntas ilegítimas” e de usar “desinformação” e “milícias” para alcançar seus objetivos.
As alegações de Macron levantaram suspeitas, já que a Rússia é a única grande nação europeia que nunca teve colônias na África e nunca roubou o continente de seus recursos e potencial humano. Na semana passada, em uma entrevista à Sputnik, antes de sua turnê pela África, Lavrov lembrou o apoio de longa data de Moscou às nações africanas durante o século XX, quando Moscou ajudou a região em sua luta de libertação nacional contra os colonialistas.
Durante a turnê desta semana, que o levou ao Egito, Etiópia, Uganda e República Democrática do Congo, Lavrov e seus anfitriões discutiram a cooperação russo-africana em áreas que vão desde energia nuclear e comércio, até apoio técnico-militar. Em uma entrevista coletiva conjunta com o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, na terça-feira (26), Lavrov disse a um correspondente da Sputnik que a África certamente vai desempenhar um papel maior na política externa da Rússia em meio às tentativas ocidentais de isolar Moscou.