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quinta-feira, 07/08/2025

Eletrobras sobe na bolsa com nova previsão de dividendos

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NICOLA PAMPLONA
FOLHAPRESS

As ações da Eletrobras tiveram grande valorização nesta quinta-feira (7) após a empresa anunciar a distribuição de R$ 4 bilhões em dividendos para o segundo semestre, indicando que os acionistas podem esperar pagamentos mais frequentes.

Este é o segundo anúncio de dividendos no ano; em abril, os acionistas aprovaram a distribuição adicional de R$ 1,8 bilhão referente ao lucro de 2024, totalizando R$ 4 bilhões em remuneração para aquele ano.

Em relatório divulgado após teleconferência com analistas, a corretora Ativa ressaltou que a Eletrobras possui uma estrutura financeira sólida, permitindo maior retorno aos acionistas, e mantém uma visão positiva para o longo prazo.

Por volta das 12h30, as ações subiram mais de 7% na B3, cotadas em aproximadamente R$ 45, ainda abaixo dos R$ 59 previstos pelo banco UBS BB para os próximos 12 meses, o que indica potencial de crescimento.

Durante a teleconferência, Ivan Monteiro, presidente da Eletrobras, destacou que o foco da gestão é melhorar a alocação de capital para garantir maior previsibilidade nos pagamentos aos acionistas.

Historicamente, a empresa distribuía dividendos uma vez por ano, mas em 2025 já aprovou duas parcelas, a primeira referente a 2024. Monteiro explicou que isso foi possível graças à redução das incertezas financeiras e à melhora nos preços da energia.

Entre os riscos mencionados pela companhia estão a redução de dívidas, a finalização de projetos anteriores à privatização, a resolução da dívida da Amazonas Energia e a simplificação da estrutura societária.

Também foi citado um acordo com o governo para aumentar a presença da União no conselho da empresa, que retirou a obrigação de investir na conclusão da usina nuclear Angra 3, uma grande fonte de dúvidas sobre o futuro da Eletrobras.

No mercado de energia, a Eletrobras tem buscado novos clientes após a privatização, devido à eliminação gradual das cotas que obrigavam a empresa a vender uma parte da eletricidade a preços pré-definidos.

No segundo trimestre, apenas 15% da energia das usinas da Eletrobras foram vendidas por cotas (que acabarão em 2027), 22% foram negociadas em contratos de longo prazo com distribuidoras, e o restante é comercializado no mercado livre.

O analista Bernardo Viero, da Suno Research, considera positiva essa mudança para contratos no mercado livre, pois tende a aumentar as margens da empresa e gerar mais dividendos, já que não há grandes planos de investimento no setor.

“O grande anúncio de dividendos junto com o resultado do segundo trimestre reforça essa expectativa”, afirmou Viero.

O resultado financeiro da Eletrobras mostrou prejuízo societário de R$ 1,3 bilhão no período, mas ao excluir fatores não recorrentes, como a revisão de contratos de transmissão, o lucro ajustado foi de R$ 1,4 bilhão.

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