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domingo, 27/04/2025




Egito pode ter governo provisório e periodo sem constituição

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O plano do Exército do Egito para o caso de renúncia do presidente Mohamed Morsi prevê um governo provisório e a suspensão da Constituição por um período de até um ano, revela nesta quarta-feira (3) o site do jornal “Al-Ahram”, em meio à crise política do Egio.

Na noite de segunda-feira, o Exército deu a Mursi o prazo de 48 horas para que “satisfaça as reivindicações do povo” ou se submeta às medidas para resolver a crise, forçando um consenso com a oposição ao seu regime.

Morsi rejeitou na noite de terça o ultimato dos militares afirmando que a “legitimidade” é “a única garantia contra o derramamento de sangue”.

Sob o título “Licenciamento ou demissão”, em referência a Morsi, o site vinculado ao governo revela que o Exército prevê a “suspensão da Constituição” aprovada em dezembro, que segundo os críticos prepara o caminho para a “islamização” do Egito.

Uma nova Constituição seria redigida por especialistas “levando-se em conta as necessidades dos diferentes componentes do povo”, antes de um referendo para aprovar a nova carta.

O texto também seria submetido ao Al-Azhar, a máxima autoridade religiosa sunita do país.

Segundo o site, “um Conselho Presidencial de três membros, liderado pelo presidente da Suprema Corte Constitucional”, ficará encarregado de “administrar os assuntos do país” durante “um período transitório de nove meses a um ano”.

Este “Conselho” é uma exigência da oposição, incluindo o movimento Tamarrod (rebelião em árabe), que está na origem dos protestos exigindo a demissão de Morsi.

Além disso, um “governo provisório, sem filiação política”, será formado para um “período de transição”, sob a “direção de um dos chefes do Exército”.

Estas autoridades de transição deverão “preparar as eleições presidenciais e legislativas na ordem que será determinada pela nova Constituição”, acrescenta o “Al-Ahram”.

“O Exército, durante todo o período de transição, ficará encarregado de supervisionar estes procedimentos (…) a fim de garantir sua aplicação imparcial.”

Os militares egípcios assumiram o Executivo em um polêmico governo interino que durou entre a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e a chegada de Morsi ao poder, em junho de 2012.




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