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terça-feira, 09/09/2025

Eduardo estuda candidatura independente para 2026 por descontentamento com Tarcísio

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Eduardo Bolsonaro tem conversado com aliados sobre a possibilidade de lançar a própria candidatura para a Presidência em 2026, mesmo que seu pai, Jair Bolsonaro, apoie o governador Tarcísio de Freitas.

Ele acredita que Jair Bolsonaro está sob pressão de partidos do centrão para apoiar Tarcísio, e teme que uma vitória do governador acabe com o bolsonarismo como movimento político.

Eduardo está atualmente nos Estados Unidos e não tem previsão para voltar ao Brasil, onde enfrenta um indiciamento pela Polícia Federal. Ele tenta promover uma anistia para aliados do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que também o beneficiaria, buscando isolar o magistrado. Mesmo se não puder retornar ao Brasil por medo de prisão, o deputado pretende se candidatar a partir dos EUA.

Especialistas dizem que, pela legislação, é possível se candidatar desde que o domicílio eleitoral esteja no Brasil.

Um dos maiores obstáculos para Eduardo é o risco de se tornar inelegível devido a um inquérito no STF, que investiga sua atuação junto ao governo americano contra autoridades brasileiras.

Recentemente, ele enviou um ofício ao presidente da Câmara, Hugo Motta, solicitando permissão para exercer sua função parlamentar remotamente.

Eduardo planeja deixar o PL caso Tarcísio migre para o partido, precisando assim encontrar outra legenda para concorrer em 2026.

Nas mensagens divulgadas pela Polícia Federal, ele demonstra ser contra a candidatura de Tarcísio e acredita que a vitória do governador enfraqueceria o movimento bolsonarista.

O plano principal é aprovar a anistia até abril para liberar a candidatura do pai ou dele próprio, caso seja necessário. Se a anistia não passar, ele considera concorrer para manter o movimento bolsonarista ativo, mesmo que não seja eleito.

Aliados entendem que a divisão na direita enfraqueceria a candidatura de Tarcísio e acham que, nesse caso, ele pode não concorrer.

Eduardo também disse que não apoiaria o governador se ele for confirmado como candidato.

Recentemente, a insatisfação de Eduardo aumentou após fotos de Tarcísio jogando futebol com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, próximas ao julgamento de Bolsonaro.

O deputado acredita que seu pai está sendo chantageado pelo centrão para apoiar Tarcísio, justificando sua oposição.

Ele cogita sair do PL independentemente da decisão do partido e se ressente do pouco apoio recebido para sua atuação nos EUA.

Filhos de Bolsonaro adotaram tom mais duro contra o centrão, criticando gestos em favor de Tarcísio às vésperas do julgamento do ex-presidente, que pode resultar em uma longa pena de prisão.

Parlamentares de centro e direita veem isso como uma tentativa dos filhos de manter o legado eleitoral do pai e sua própria relevância política.

Eduardo já afirmou que vê a candidatura de Tarcísio como um projeto do sistema político, não da direita. Seu irmão, Carlos Bolsonaro, também se posicionou contra essa candidatura, chamando de oportunismo.

Já o senador Flávio Bolsonaro tem mantido uma postura mais discreta, sem críticas públicas à candidatura de Tarcísio. Ele é o principal interlocutor de Jair Bolsonaro em Brasília e cuida das negociações partidárias.

Aliados do ex-presidente dizem que o comportamento mais radical dos filhos Carlos e Eduardo não reflete as intenções do pai.

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