Eduardo Bolsonaro, deputado que está afastado, disse que deve abrir mão do seu cargo. Ele pediu licença em março e o prazo termina na próxima semana.
Ele contou ao jornal O Estado de S. Paulo que, por enquanto, não pretende voltar. Disse que só vai voltar quando o ministro do STF, Alexandre de Moraes, perder o poder de prendê-lo.
Eduardo disse que provavelmente vai renunciar ao mandato, mas ainda avalia alternativas. O prazo acaba no fim de julho, e se for preciso, ele não volta para o Brasil.
Ele falou sobre uma possível mudança nas regras da Câmara que permitiria aos deputados trabalharem à distância em casos muito especiais.
Essa notícia surgiu enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaça colocar uma taxa de 50% sobre produtos do Brasil.
Eduardo anunciou que pediu licença para morar nos Estados Unidos, afirmando que foi uma decisão difícil porque poderia ser preso por ordem de Moraes, mesmo sem nenhuma ação contra ele até então.
Depois, o ministro do STF aceitou um pedido da Procuradoria-Geral da República para abrir uma investigação sobre as ações do deputado.
A Procuradoria disse que Eduardo tem trabalhado com empresários e políticos americanos para sancionar membros da Suprema Corte do Brasil, autoridades da Polícia Federal e da própria Procuradoria. Isso pode ser crime de coação, atrapalhar investigações e tentar destruir a democracia.
Nos EUA, ele conversou com autoridades para pedir apoio às sanções contra Moraes, tendo reuniões no governo americano e com aliados de Donald Trump.
A Procuradoria disse que as ações de Eduardo tentam impedir o funcionamento dos poderes do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público, prejudicando a democracia.
Moraes prorrogou a investigação por mais 60 dias, pois ainda existem diligências a fazer, atendendo a pedido da Polícia Federal.
Antes desse despacho, Donald Trump afirmou que o Brasil está tratando o ex-presidente de forma errada e que Bolsonaro estaria sendo perseguido.