O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve um encontro na última quinta-feira (6/11) com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, em Washington, nos Estados Unidos. A reunião foi compartilhada por ambos nas redes sociais.
Orbán publicou no X (ex-Twitter) que apoia firmemente os Bolsonaros nestes momentos desafiadores e afirmou que perseguições políticas não têm espaço em uma democracia. Também ressaltou que a justiça e a verdade devem prevalecer, referindo-se aos processos jurídicos enfrentados por Bolsonaro no Brasil.
Em retorno, Eduardo Bolsonaro agradeceu por reservar parte de sua apertada agenda durante os EUA.
“Quem viveu sob regimes autoritários que violam os direitos humanos, como o da União Soviética, compreende a perseguição enfrentada hoje pelo presidente Jair Bolsonaro, nossa família e milhões de brasileiros que defendem a liberdade”, declarou o parlamentar brasileiro.
Este encontro ocorre em um momento complexo para o ex-presidente. Aliados informam que o Supremo Tribunal Federal deve em breve rejeitar os embargos de declaração da defesa e ordenar a prisão de Jair Bolsonaro no presídio da Papuda, em Brasília. Essa informação foi divulgada pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe e atualmente cumpre prisão domiciliar relacionada a outro inquérito no STF.
Relação próxima entre Bolsonaro e Hungria
Viktor Orbán é um dos principais aliados internacionais de Jair Bolsonaro desde seu mandato presidencial. Ele foi um dos poucos chefes de Estado estrangeiros presentes na posse de Bolsonaro, em 2019.
Três anos após, Bolsonaro visitou oficialmente a Hungria, o que marcou a primeira visita de um presidente brasileiro ao país. Durante essa visita, foram firmados acordos importantes nas áreas de defesa, cooperação humanitária e gestão de recursos hídricos.
Em fevereiro de 2024, o jornal The New York Times relatou que Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria em Brasília, local onde não poderia ser preso, logo após ter seu passaporte confiscado pela Polícia Federal, no contexto da Operação Tempus Veritatis, que apurava a tentativa de golpe de Estado pela qual o ex-presidente foi condenado.
Mais recentemente, em julho deste ano, Orbán manifestou novamente seu apoio a Bolsonaro, sendo um dos primeiros líderes estrangeiros a se mostrar solidário após a determinação do uso de tornozeleira eletrônica pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
