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quarta-feira, 26/11/2025




Eduardo Bolsonaro comenta julgamento do pai e critica decisão

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) descreveu como “bizarrice alexandrina” o julgamento que condenou o grupo principal da trama golpista, envolvendo seu pai, Jair Bolsonaro (PL), e outros sete associados. A manifestação aconteceu na terça-feira (25/11), logo após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmar a decisão final da ação penal, sem possibilidade de recurso, e determinar o início do cumprimento das penas.

No X (ex-Twitter), Eduardo compartilhou uma montagem com fotos dos oito condenados, acompanhada pela frase “soltar traficantes e prender generais”. Em seguida, chamou o episódio de “golpe da Disney” e afirmou que essa situação possui pouco potencial para ser considerada uma tentativa de ruptura institucional.

“Por se tratar de um julgamento político, ele incentivará o cenário político a mudar e preservar a ordem, corrigindo essa bizarrice alexandrina. Podem anotar”, declarou o deputado.

Início do cumprimento das penas

Na mesma terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, oficializou a decisão final da Ação Penal 2668, encerrando a possibilidade de apelação e tornando definitivas as condenações emitidas pela Primeira Turma do STF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso preventivamente desde sábado (22/11), começará a cumprir a pena de 27 anos e três meses na Superintendência da Polícia Federal, no Distrito Federal, onde já está detido. Ele foi condenado por liderar uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado após as eleições de 2022.

O general Walter Souza Braga Netto, condenado a 26 anos, permanecerá preso na Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, onde está detido preventivamente desde dezembro de 2024.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, com pena de 24 anos, não foi encontrado inicialmente em sua residência, mas localizado no escritório de seu advogado no Lago Sul, onde foi preso. Cumprirá pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como “Papudinha”.

Locais de cumprimento das penas

  • O almirante Almir Garnier, condenado a 24 anos, ficará na Estação Rádio da Marinha, em Brasília (DF).
  • Augusto Heleno cumprirá pena no Comando Militar do Planalto, com condenação de 21 anos.
  • O general Paulo Sérgio Nogueira, condenado a 19 anos, também ficará no Comando Militar do Planalto.
  • O general Braga Netto, com 26 anos de prisão, permanecerá na Divisão do Exército, Vila Militar, Rio de Janeiro.
  • Anderson Torres estará no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.

Situação de réus foragidos e penas alternativas

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) segue foragido, atualmente nos Estados Unidos, sem ter sido localizado para cumprir sua pena.

O único do grupo principal que não será preso é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ele foi condenado a dois anos em regime aberto devido à colaboração premiada. No início deste mês, o STF autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica. Ele permanecerá em casa, salvo autorização judicial, e está proibido de sair do país.




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