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sexta-feira, 21/11/2025




Eduardo Bolsonaro comenta corte de tarifas e função do Itamaraty

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Em Brasília

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a se pronunciar nesta sexta-feira (21/11) sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de diminuir parcialmente as tarifas aplicadas ao Brasil. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar afirmou que essa ação da Casa Branca não deve ser vista como fruto de uma negociação diplomática brasileira, mas como resultado de pressões internas enfrentadas pela administração de Donald Trump.

“É uma notícia positiva. Ninguém apoia tarifas, pois nunca foi esta a nossa intenção, mas reconhecemos que elas serviam como forma de pressão”, declarou Eduardo Bolsonaro.

Ele explicou que as sobretaxas haviam sido justificadas por Trump devido a medidas ligadas ao ministro Alexandre de Moraes no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. “Esperávamos que os políticos se mobilizassem em defesa da liberdade, pressionando contra os responsáveis pela criação dessas tarifas.”

No entanto, o deputado ressaltou que o anúncio feito na quinta-feira (20/11) não é mérito da diplomacia do governo de Lula.

“Não é obra da diplomacia brasileira. A inflação nos Estados Unidos obrigou Trump a suspender tarifas, por exemplo, para o Brasil, Colômbia e produtos muito consumidos pelos americanos, que estavam pesando no orçamento do trabalhador dos EUA”, afirmou ele, citando também pressões do movimento MAGA e do Senado norte-americano.

Redução Parcial das Tarifas

A decisão da administração norte-americana eliminou a alíquota extra de 40% sobre diversos produtos brasileiros, como carne bovina fresca, resfriada ou congelada, cacau, café, frutas, hortaliças, nozes e fertilizantes. O decreto aponta que houve “avanço inicial” após reuniões bilateral entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de outubro.

A suspensão aplica-se a cargas que entraram nos EUA a partir de 13 de novembro, e importadores que já pagaram essa tarifa podem pedir reembolso.

Apesar disso, o estado de emergência e grande parte das sobretaxas permanecem em vigor — e Eduardo Bolsonaro prevê novos desdobramentos: “Pode ter certeza: ainda haverá vários capítulos na política nacional relacionados aos Estados Unidos.”

Essa medida representa uma reversão parcial das tarifas impostas em julho, quando Trump eleveu as taxas para pressionar o Brasil diante das críticas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e às decisões do ministro Alexandre de Moraes. Na época, o republicano falou em “caça às bruxas” e ameaçou aumentar ainda mais as tarifas caso não houvesse mudanças.

Com a flexibilização, setores exportadores veem a medida como um alívio importante, porém aguardam definições futuras em Washington sobre as tarifas extras ainda vigentes.




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