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terça-feira, 21/10/2025

Edinho apoia Haddad para eleições em SP e pede fim de conflitos no governo Lula

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CATIA SEABRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Edinho Silva, que foi prefeito e agora presidente do PT, defende que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seja candidato nas eleições de 2026 em São Paulo, seja para governador ou senador. Ele acredita que o presidente Lula precisa de um apoio forte no estado para sua reeleição.

Edinho afirma que todos os membros do partido devem participar das eleições, pois será uma disputa difícil no próximo ano. “Não sei ao certo para qual cargo o Haddad vai concorrer, mas acho que ele deve participar da eleição”, disse.

Edinho Silva já foi prefeito de Araraquara, vereador, deputado estadual e ministro no governo da presidente Dilma Rousseff. Ele também cuidou das finanças da campanha dela em 2014.

Ele considera um erro o PT ter criticado demais a política econômica do governo durante a gestão da ministra Gleisi Hoffmann. Para Edinho, o sucesso do governo depende do sucesso do ministro da Fazenda. “O governo será forte se o ministro da Fazenda for forte.” Ele acredita que as diferenças devem ser resolvidas dentro do partido.

Sobre as disputas internas no governo, chamadas de “fogo amigo”, Edinho defende que todos os ministros, incluindo os do centrão, apoiem o projeto do presidente Lula. Ele alerta que interesses pessoais não devem prevalecer sobre os do país.

Segundo ele, o presidencialismo de coalizão está fragilizado e apenas o presidente Lula tem capacidade para reconduzi-lo de forma eficaz.

Ao comentar a ideia de um plebiscito sobre o sistema de governo, proposta pelo líder no Senado Jaques Wagner, Edinho ressalta que esse tipo de consulta deve ser usado com cuidado, mas admite que, se não houver consenso, o plebiscito pode ser necessário para que a sociedade decida entre presidencialismo ou parlamentarismo.

Edinho defende o diálogo na política e apoia críticas feitas pelo PT à derrubada do aumento do IOF, que impacta o imposto de renda para pessoas que ganham até R$ 5.000.

Ele considera que o Congresso subestimou o poder de liderança do presidente e que o PT deve proteger o governo Lula. “Meu compromisso é unificar o partido e defender o governo, que é o maior patrimônio do PT.”

Edinho destaca ainda a importância de discutir o fim dos privilégios e a justiça tributária no Brasil. Ele critica a adoção de sanções contra o país pelo governo Trump, chamando a medida de grave agressão diplomática, e culpa o ex-presidente dos EUA por aumentar tensões econômicas no mundo.

Sobre sua missão à frente do PT, ele afirma que o maior desafio será fortalecer o partido para o período após Lula e superar divisões internas. “Vou trabalhar para unir o PT, pois só será forte se estiver unido.”

Apesar de algumas derrotas internas, Edinho rejeita a ideia de que o PT seja um partido do centro político. “Isso é impossível.”

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