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segunda-feira, 15/12/2025

Economia do Brasil recuou 0,2% em outubro

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A economia do Brasil teve uma leve queda em outubro de 2025, segundo dados divulgados pelo Banco Central na segunda-feira, 15. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,2% em comparação com o mês anterior, considerando os dados ajustados para evitar variações sazonais.

Em relação a outubro de 2024, o índice apresentou um crescimento de 0,4%, sem ajustes, já que a comparação foi entre meses iguais. No acumulado do ano, o índice cresceu 2,4%, e nos últimos 12 meses, registrou alta de 2,5%.

O IBC-Br é uma medida que mostra como a atividade econômica do país está evoluindo e ajuda o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Esse índice considera dados dos setores industrial, comercial, de serviços, agropecuário e o volume de impostos.

A taxa Selic é usada pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é reduzir a demanda para conter a alta dos preços. Taxas de juros mais altas tornam os empréstimos mais caros e incentivam a poupança, ajudando a baixar a inflação, embora isso possa dificultar o crescimento econômico.

Por outro lado, quando o Copom diminui a Selic, o crédito fica mais barato, estimulando a produção e o consumo, o que pode aumentar a atividade econômica, mas também pode pressionar a inflação para cima.

Em novembro, a inflação foi de 0,18%, influenciada principalmente pelo aumento nos preços das passagens aéreas. Em outubro, a inflação medida pelo IPCA havia sido 0,09%. A inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,46%, dentro da meta estabelecida, que varia entre 1,5% e 4,5%.

Com a desaceleração da inflação e indicadores como o IBC-Br mostrando crescimento moderado, o Copom optou por manter a Selic estável pela quarta reunião consecutiva na última semana do ano.

O Banco Central não indicou quando deverá começar a reduzir os juros. Em mensagem, o BC afirmou que o cenário atual tem muita incerteza, exigindo cautela na política monetária, e que a estratégia é manter a taxa Selic neste nível por um tempo considerável.

A taxa Selic está no maior patamar desde julho de 2006, quando ficou em 15,25% ao ano. Após ter caído para 10,5% ao ano em maio do ano passado, a taxa começou subir em setembro de 2024, atingindo 15% em junho, e permanece nesse nível desde então.

Produto Interno Bruto

O IBC-Br é divulgado mensalmente e usa uma metodologia diferente daquela aplicada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial do IBGE para a economia brasileira. Segundo o Banco Central, o IBC-Br auxilia a formulação da política monetária, mas não deve ser visto como uma prévia do PIB.

O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país. Estimulado principalmente pelos setores de serviços e indústria, o PIB cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025.

Em 2024, o PIB teve um crescimento de 3,4%, marcando o quarto ano seguido de expansão, sendo a maior taxa desde 2021, que registrou 4,8% de crescimento.

*Informações fornecidas pela Agência Brasil.

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