A economia do Brasil teve um crescimento de 0,4% no mês de agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou essa alta ao comparar com o mês anterior, já com ajuste para as variações sazonais.
Ao comparar o resultado com agosto de 2024, a variação positiva foi de 0,1%, sem ajuste sazonal. No acumulado do ano, o indicador cresceu 2,6%, e em 12 meses, registrou aumento de 3,2%.
O IBC-Br é um indicador que avalia como a atividade econômica do país está evoluindo e ajuda o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 15% ao ano. Esse índice considera dados de vários setores da economia, incluindo indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
A taxa Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom eleva a Selic, o objetivo é reduzir o consumo, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança, o que ajuda a baixar a inflação, mas pode dificultar o crescimento econômico. Já quando a Selic diminui, o crédito fica mais barato, incentivando a produção e o consumo, o que pode elevar a inflação, mas impulsiona a economia.
Inflação
Após apresentar queda em agosto, a inflação oficial subiu 0,48% em setembro, influenciada principalmente pelo aumento na conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula uma alta de 5,17%, acima do teto da meta, que é de 4,5%.
As incertezas no cenário econômico global e os indicadores que mostram crescimento moderado da economia interna contribuíram para que o Copom decidisse manter a taxa básica de juros em 15% ao ano na última reunião, realizada em setembro.
Segundo a ata da reunião, a intenção do colegiado é manter a Selic nesse nível por um período prolongado para garantir a meta de inflação.
Produto Interno Bruto
O IBC-Br é divulgado mensalmente e utiliza uma metodologia diferente da do Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Banco Central afirma que o índice ajuda na estratégia da política monetária, mas não é uma prévia exata do PIB.
O PIB representa a soma total dos bens e serviços produzidos no país. No segundo trimestre de 2024, a economia brasileira cresceu 0,4%, impulsionada principalmente pelos setores de serviços e indústria.
Em 2024, o PIB teve alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior expansão desde 2021, quando o PIB cresceu 4,8%.
Informações fornecidas pela Agência Brasil.
