É preciso planejar e tomar sua decisão de compra; para isso, fique por dentro das dicas que te ajudarão nesse momento
Por Andrea Fernandes*
Muita gente vem me perguntando qual é o melhor momento para comprar na Black Friday.
Preciso admitir que eu mesma me faço esta pergunta. Neste ano, por exemplo, quero comprar uma máquina de café expresso de presente para o meu pai (não é spoiler!) — e ainda não encontrei aquela oferta incrível.
O certo é que, com a Black November, ficou muito mais fácil planejar. O consumidor ganhou tempo para pesquisar e tomar sua decisão de compra.
Um bom primeiro passo é observar os varejistas comprometidos com entrega/troca/devolução. Afinal, trata-se de um direito do consumidor. Posso dar meu testemunho: no ano passado, comprei uma impressora e dias depois vi o mesmo modelo, exatamente na mesma loja, a um preço muito mais barato. Não tive dúvidas: pedi a devolução e fiz nova aquisição. E a loja cumpriu direitinho o combinado.
Essa promete ser a maior Black Friday de todos os tempos, com alta de 18% em faturamento, segundo a Neotrust.
Para te ajudar a ter uma boa experiência, compartilho aqui cinco dicas.
1-Considere o valor total da compra
Todo mundo ama frete grátis. Eu também amo! Mas vale ficar de olho: tem vezes que o chamado “frete grátis” já está embutido no preço. Então, regrinha bem básica para comparar e decidir: avalie o valor total da compra, somando preço do produto e do frete.
2-Desconfie de preços muito baixos
Ninguém tem dúvidas: a principal atração da Black Friday é o preço. Se for absurdamente baixo, vale um cuidado a mais — pode ser sinal de fraude. Faça uma busca em outros sites. Pesquisar bem é fundamental para não cair em uma cilada. E antes de clicar, verifique se o site da oferta tentadora é mesmo confiável.
3-Cuidado com o phishing
Esse tipo de fraude ganha sofisticação. Basicamente, os golpistas lançam milhões de iscas. Podem ser e-mails, SMS, mensagens via Whatsapp ou em redes sociais. Elas vêm com links falsos, que simulam uma promoção ou um cupom de desconto, levando para uma loja falsa. O objetivo, claro, é pescar seu dinheiro e capturar seus dados: CPF, identidade, conta corrente, números do cartão de crédito e senhas. É um ilusionismo que fisga a gente pelo impulso. Todo mundo pode cair — por isso vale redobrar a atenção. Evite abrir links que cheguem por e-mail ou Whatsapp. Procure sempre o site oficial do varejista.
4-Procure canais confiáveis
Como saber se a empresa é confiável? Uma recomendação é observar se os sites contam com certificações de segurança reconhecidas pelo mercado. Mas vou falar aqui de uma dica que conheço bem, porque foi desenvolvida pelo T.Group. É o selo Confi. Para receber essa certificação, as empresas passam por um rigoroso processo de análise — são avaliados mais de 700 critérios. Essa certificação já foi dada a mais de três mil estabelecimentos, que vão das gigantes (Magalu, O Boticário, Marisa e Fast) até varejistas de pequeno e médio portes. O aplicativo, inteiramente gratuito, também emite notificações em tempo real para consumidores e varejistas sobre possíveis fraudes em compras. Ou seja, se alguém estiver tentando se passar pela Andrea ao adquirir um produto, essa fraude pode ser identificada.
5-Cuidado com o método de pagamento
O Banco Central acaba de anunciar medidas para ampliar a segurança do Pix. E isso é ótimo. Afinal, a ferramenta deve ser, já nesta Black Friday, segundo a Neotrust, o segundo meio de pagamento mais usado. Mas vale ficar atento. O Pix é muito difícil de ser rastreado e, em alguns casos, você pode ser direcionado para dados falsos, fazendo uma transferência para golpistas. Em caso de dúvida, um bom refúgio é o cartão de crédito, onde você conta com o suporte de uma instituição financeira. Nessa Black Friday, as tentativas de fraudes devem aumentar. Mas a maioria vai fracassar — assim como no ano passado. Dados da Clearsale mostram que a edição de 2020 foi 77% mais segura. A maioria – dos consumidores e dos varejistas — é boa e sempre será. Tome seus cuidados e boas compras.
*Andrea Fernandes é CEO do T.Group