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domingo, 28/09/2025




Drones facilitam o trabalho do Corpo de Bombeiros do DF em resgates e incêndios

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Em Brasília

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) utiliza 11 drones para apoiar no combate a incêndios florestais, em operações de busca e salvamento, no monitoramento de áreas de risco e no auxílio à defesa civil.

A tecnologia começou a ser usada há dez anos, com a aquisição do primeiro drone Mavic 2, chamado Zangão 01.

Desde então, a aeronave se tornou uma ferramenta importante para a corporação, que treinou cerca de 300 militares e obteve, por recursos próprios e doações, outros drones. Atualmente, a frota conta com cinco drones Mavic 2, conhecidos pelo zoom de longo alcance, e seis drones Mavic 3T, que possuem câmera termográfica, ideal para operações em campo.

Tenente Rony Junio Rodrigues da Costa, responsável pela coordenação do uso dos drones, destaca que o Mavic 3T permite identificar obstáculos, pessoas em áreas de mata e definir prioridades no combate ao fogo. Já o Mavic 2 é útil para monitoramentos a longa distância.

Novos drones devem chegar em breve, com doações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e compra feita pela corporação. Recentemente, o CBMDF recebeu equipamentos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e acessórios da Receita Federal.

Combate

Os drones são usados por grupos especializados, como Busca e Salvamento (GBS), Proteção Ambiental (GPRAM), Proteção Civil (GPCIV) e Prevenção e Combate a Incêndio Urbano (GPCIU). Durante a Operação Verde Vivo, que ocorre de abril a novembro, pelo menos três drones participam das ações. Tenente Rony afirma que os drones são essenciais para ver toda a área afetada e a direção do fogo, tornando o trabalho mais eficiente.

Além de facilitar o reconhecimento da região atingida, os drones aumentam a segurança dos bombeiros, reduzindo os riscos ao expô-los menos às chamas. Também permitem monitoramento em tempo real, ajudando a prever mudanças no fogo e possibilitando respostas rápidas e precisas.

No ano passado, na Operação Verde Vivo, foram registradas 9.005 ocorrências de queimadas, afetando 22.250,40 hectares. Os meses de julho, agosto e setembro tiveram mais chamados, totalizando quase 73% dos casos. Em 2025, de abril a agosto, foram 4.848 incêndios florestais, com áreas de 8.797,70 hectares afetadas. Os dados de setembro ainda estão sendo analisados.

Capacitação

Os militares recebem treinamento que envolve desde conceitos básicos de pilotagem até leis e normas de segurança. Há três cursos anuais além de oficinas para órgãos externos. O curso dura três semanas, sendo duas online e uma presencial.

Cabo Henrique Senna, formado em 2024 e atualmente no 3º ESAV, destaca que a tecnologia torna o combate mais eficaz e protege tanto as pessoas quanto o meio ambiente. Ele explica que sem os drones não é possível saber a dimensão e direção do fogo antes de agir; com eles, o combate fica mais fácil e eficiente.

Subtenente Ricardo Cruz, também capacitado, enfatiza outras funções dos drones, como monitorar grandes eventos, shows e festivais. Eles ajudam a visualizar vias de acesso, localização de viaturas e, em operações de busca e salvamento, a encontrar pessoas, especialmente em áreas de mata.




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