O controle do mosquito que transmite a dengue está sendo fortalecido no Distrito Federal com o uso de drones. Desde outubro, drones contratados pela Secretaria de Saúde do DF voam sobre diversas áreas para localizar possíveis criadouros do Aedes aegypti, que também transmite doenças como zika e chikungunya. Essa técnica usa inteligência artificial para analisar imagens aéreas, tornando o trabalho mais rápido e eficaz.
Na última sexta-feira (7), os drones foram usados para mapear o Paranoá e já passaram por outras regiões como Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente, Estrutural, São Sebastião, Arapoanga e Fercal. O objetivo é cobrir 30% do DF, focando nos locais com maior número de casos.
Segundo a agente de Vigilância Ambiental em Saúde, Gleyciane Ferreira, essa tecnologia tem sido fundamental para guiar as ações no campo. “O drone nos permite ver toda a área de cima, ajudando a direcionar nosso trabalho. Quando visitamos as casas, podemos mostrar exatamente onde há problemas, como caixas d’água sem tampa. É uma ferramenta muito precisa”, disse.
Esse serviço faz parte do projeto Voo pela Saúde, realizado pela empresa GRS80, contratada pela Secretaria de Saúde do DF por um ano. O representante do projeto, Pedro Vasconcellos, explica que as imagens feitas pelos drones, chamadas ortofotos, têm alta qualidade, o que possibilita identificar até pequenos pontos de água parada.
Depois do mapeamento, um sistema de inteligência artificial analisa as imagens e aponta os locais com maior chance de terem criadouros. Os técnicos revisam essas informações e encaminham para as equipes de vigilância realizarem as ações necessárias.
Além de identificar focos, os drones podem aplicar larvicidas em áreas de difícil acesso. O produto é entregue em um invólucro solúvel direto no local indicado, garantindo o tratamento mesmo onde os agentes não conseguem chegar.
Essa união entre tecnologia, análise de dados e trabalho de campo tem se mostrado uma grande aliada no controle do mosquito e na prevenção de surtos no Distrito Federal.
