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quinta-feira, 25/09/2025

Drogas eram guardadas em Hilux em garagem de Águas Claras

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Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou 194kg de entorpecentes durante a Operação Fratelli Bianchi. As drogas estavam escondidas dentro de uma caminhonete no estacionamento de um prédio em Águas Claras. O veículo estava posicionado discretamente em um canto do estacionamento. Foram apreendidos 142kg de skunk e 52kg de cocaína, com um prejuízo estimado em R$ 5 milhões para o grupo criminoso.

O delegado-chefe da Draco, Paulo Oliveira, comentou que a investigação inicial não envolvia tráfico de drogas, mas a apreensão dos entorpecentes foi realizada durante mandados de busca e apreensão, quando encontraram a Hilux utilizada para esconder os ilícitos.

Paulo Oliveira explicou que o veículo pertence a um indivíduo conhecido no estado de Goiás, que já havia sido preso antes por tráfico de grandes quantidades de drogas.

Os valores provenientes do tráfico eram usados pelo grupo para conceder empréstimos com juros abusivos às vítimas, resultando em dívidas. O grupo ameaçava as vítimas com armas, intimidações às famílias e retenção de veículos para garantir o pagamento.

Em um caso, o empréstimo chegou a R$ 500 mil, gerando perseguição violenta para a cobrança.

O delegado esclareceu ainda que todas as operações financeiras eram feitas em dinheiro vivo para evitar rastreamento, evitando o uso de transações eletrônicas populares como Pix.

Na operação realizada na quinta-feira (25/9), quatro pessoas foram presas, incluindo Tolete, conhecido agiota ligado ao braço armado do grupo, e sua companheira. Todos cumprem prisão temporária por associação criminosa e outros crimes como extorsão, agiotagem, lavagem de dinheiro e tráfico, podendo receber penas de até 30 anos de reclusão.

Além da apreensão de drogas, foram cumpridos mandados de busca, apreensão e sequestro patrimonial em diversas regiões, incluindo Águas Claras, Ceilândia, Samambaia e Alexânia (GO). A ação mobilizou 90 policiais da PCDF e da Polícia Civil de Goiás. Foram bloqueadas diversas contas bancárias e apreendidos veículos e motos aquáticas relacionados ao grupo.

Dois dos investigados principais possuem longas condenações anteriores, incluindo por homicídio e lavagem de capitais. A facção interna tolerava até assassinatos de seus próprios integrantes, assegurando a liderança dos autores.

O dinheiro obtido com o tráfico era lavado por meio de empresas de fachada, em nome da companheira de Tolete, mantendo o braço armado do grupo financeiramente sustentado.

A operação evidenciou um núcleo dedicado à agiotagem, que servia como fonte ilícita de renda para a facção.

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