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terça-feira, 21/10/2025

Dono de rede de cosméticos investigada mostra luxo nas redes sociais

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Victor Albuquerque Medeiros, empresário à frente da Império das Maquiagens (IDM), está entre os alvos da Operação Makeup, realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 21 de outubro. As investigações apontam uma suspeita de sonegação fiscal que ultrapassa R$ 18 milhões.

Durante os mandados de busca cumpridos, um dos imóveis de Victor Albuquerque Medeiros foi vistoriado, onde foram encontrados três veículos de luxo avaliados em mais de R$ 1 milhão. O empresário frequentemente exibia esses carros em suas redes sociais, além de ostentar uma vida luxuosa com viagens e passeios de lancha. Nas legendas, ele destacou diversas vezes que suas conquistas representavam a realização de seus sonhos.

Em setembro, a IDM já havia sido alvo de outra operação que investigava a venda de produtos falsificados, situação na qual o empresário afirmou que sempre atuou de forma correta.

A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/Decor) em conjunto com a Receita do Distrito Federal, com o cumprimento de 11 mandados para apurar sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa no setor de cosméticos.

As buscas aconteceram em distribuidoras, escritórios contábeis e residências localizadas em Vicente Pires, Ceilândia, Águas Claras, Sudoeste, Taguatinga e Park Way. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores de empresários, contadores e ‘laranjas’, abrangendo um montante superior a R$ 18 milhões.

A investigação, que dura seis meses, revelou uma organização criminosa atuando no Distrito Federal e no Rio de Janeiro desde 2019. O grupo criava empresas fictícias para comercializar maquiagem e perfumes sem recolher impostos, transferindo as empresas para ‘laranjas’ e simulando mudanças de sede para espaços de coworking, o que permitia o reinício das atividades ilícitas repetidamente.

A operação mobilizou cerca de 60 policiais civis, incluindo delegados, agentes, escrivães e peritos, além de auditores da Receita. Os benefícios obtidos ilegalmente foram utilizados para adquirir veículos de luxo, imóveis em nome de terceiros e expandir o esquema com novas filiais.

Os envolvidos podem ser responsabilizados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica, crimes que acumulam penas de até 26 anos de prisão.

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