Identificação pôde ser feita a partir de exames odontológicos
A Polícia Federal confirmou na tarde desta sexta-feira que entre o material recolhido no local apontado por Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, que confessou ter matado o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde o último dia 5, estão “remanescentes” de Dom.
Segundo a PF, a confirmação veio a partir de um exame “de Odontologia legal combinado com a Antropologia forense”. Além disso, completou em nota, que “os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos” seguem em curso
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal afirmou que os suspeitos de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips agiram sozinhos, sem ‘mandante nem organização criminosa por trás do delito’, segundo indicam as investigações. A PF diz também, no entanto, que mais prisões devem acontecer, dado existirem indícios da participação de outras pessoas no crime.
Ainda segundo a nota, as buscas pela embarcação da dupla, que teria sido afundada por Pelado, que confessou o assassinato dos dois, continuam nesta sexta-feira, com apoio dos indígenas da região e dos integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari.
A Polícia Federal divulgou na noite desta quinta-feira (16) que não achou o barco onde estavam o indigenista licenciado da Funai Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, que foram assassinados e tiveram os corpos escondidos, segundo confessou em depoimento o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, após ser preso, em depoimento.
O comunicado da equipe de buscas da PF acrescentou, no entanto, que o exame de amostras de sangue que estavam no barco de Pelado descartaram que o material pudesse ser de Dom. Em relação a Bruno, o exame foi inconclusivo, segundo a polícia, e seriam necessários exames complementares.
Além disso, o material orgânico recolhido no rio durante as buscas ao jornalista e ao indigenista desaparecidos no dia 5, não detectou DNA humano, mas o resultado pode ter sido influenciado pela degradação das amostras.