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sexta-feira, 07/11/2025




Dólar varia e Bolsa cai com olhares no exterior; Petrobras sobe forte

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O dólar teve variação pequena nesta sexta-feira (7), em um dia com poucas notícias importantes no Brasil e no exterior.

O mercado financeiro está analisando os acontecimentos recentes, como a decisão de juros do Copom, e acompanhando o movimento internacional, que está mais cauteloso. Às 12h18, o dólar subiu 0,01%, valendo R$ 5,349. A Bolsa de Valores, que vinha registrando recordes desde a semana passada, caiu 0,42%, atingindo 152.693 pontos, mesmo com a alta significativa da Petrobras após divulgar seus resultados financeiros.

Com poucos acontecimentos relevantes para os investidores, o foco está no mercado internacional. As exportações da China caíram inesperadamente em outubro, diminuindo 1,1% comparado ao mês anterior, revertendo alta de setembro e ficando abaixo das expectativas dos economistas.

De acordo com especialistas, essa queda está ligada às tarifas comerciais aplicadas pelo governo dos EUA aos produtos chineses. Zhang Zhiwei, economista-chefe da Baoyin Capital Management, comentou que parece que as empresas reduziram os envios para os EUA antes do aumento das tarifas.

A China tem buscado diversificar seus mercados além dos EUA, visando a Ásia e Europa, mas as vendas para os Estados Unidos ainda são muito relevantes, somando mais de 400 bilhões de dólares anuais, e a redução dessas exportações tem impacto no crescimento econômico do país.

As exportações chinesas para os EUA caíram 25,17% em relação ao ano anterior. Já para a União Europeia e países do Sudeste Asiático houve crescimento modesto. Essa situação preocupa especialistas como Leonel Mattos, analista da StoneX, que alerta para o impacto negativo das tensões comerciais no crescimento global e no preço das commodities.

Além disso, investidores estão cautelosos com o setor de tecnologia na Bolsa dos Estados Unidos, após alertas sobre sobrevalorização das ações relacionadas à inteligência artificial. Empresas como Alphabet, Meta e Microsoft anunciaram investimentos bilionários em IA, o que pode reduzir os lucros esperados no curto prazo e levar a ajustes no mercado.

No cenário interno, a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 15% ao ano reforçou a estratégia de juros alta por mais tempo para controlar a inflação. Isso agradou investidores e ajudou a fortalecer o real frente ao dólar.

Essa postura do Banco Central favorece a estratégia de ‘carry trade’, onde investidores tomam empréstimos em moedas com juros baixos, como o dólar, para investir no Brasil, que oferece juros mais altos, valorizando o real.

Bruno Shahini, especialista em investimentos, destacou que a decisão do Banco Central mostrou firmeza e independência, sustentando a moeda brasileira durante o pregão.

Na área corporativa, a Petrobras divulgou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior. Excluindo efeitos extraordinários, o lucro caiu 6,1%. A empresa anunciou dividendos de R$ 12,1 bilhões e acumula lucro de R$ 94,5 bilhões no ano.

João Daronco, analista da Suno Research, ressaltou que, mesmo em momentos desafiadores, a Petrobras demonstra resiliência operacional.

As ações da Petrobras subiram, enquanto a Vale caiu devido às notícias sobre o comércio com a China.




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