FOLHAPRESS
O dólar terminou o ano com uma queda de 11,19% em 2025, fechando a R$ 5,487, registrando a maior redução desde 2016, quando a moeda americana caiu 17,8%. No último pregão do ano, a moeda dos EUA recuou 1,50% em um dia com pouca movimentação nos mercados internacionais.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o ano com alta de 33,7%, chegando a 161.125 pontos, e subiu 0,39% na terça-feira.
O forte ingresso de recursos estrangeiros nos mercados emergentes, incluindo o Brasil, impulsionou a valorização do real e a alta do Ibovespa.
Esse fluxo de capitais foi motivado pela decisão do Federal Reserve (banco central americano) de reduzir a taxa de juros dos EUA de uma faixa entre 4,25% a 4,5% ao ano para 3,5% a 3,75% ao ano.
Além disso, as preocupações com a política econômica protecionista do presidente dos EUA, Donald Trump, também fizeram com que investidores estrangeiros aumentassem o interesse por mercados emergentes, considerados de maior risco.
Durante a sessão de terça-feira, os investidores analisaram a ata da reunião de política monetária de dezembro do Federal Reserve.
O documento revelou que o Fed concordou em cortar a taxa de juros após um debate detalhado sobre os riscos enfrentados atualmente pela economia dos EUA.
Até alguns membros que apoiaram o corte reconheceram que a decisão foi equilibrada e que poderiam ter preferido manter a taxa de juros inalterada, dada a variedade de riscos econômicos presentes.
O mercado também considerou os dados recentes do emprego no Brasil. A taxa de desemprego caiu para 5,2% no trimestre até novembro, contra 5,6% nos três meses anteriores, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse resultado representa uma nova mínima histórica desde o início da série em 2012. A menor taxa anterior havia sido 5,4% até outubro deste ano.
Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostraram que o Brasil criou mais vagas formais em novembro do que o esperado por especialistas, com 85.864 empregos com carteira assinada.
Na segunda-feira, o Tesouro Nacional informou que o governo central registrou um déficit primário de R$ 20,172 bilhões em novembro, valor maior que os R$ 13,5 bilhões previstos por economistas.
Após o relatório, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que o resultado primário deste ano deve ficar “mais próximo do centro da meta do que do piso”.
Também na segunda, a pesquisa Focus mostrou que analistas consultados pelo Banco Central reduziram ligeiramente suas expectativas de inflação para este e o próximo ano.
A estimativa para o IPCA em 2025 caiu para 4,32%, contra 4,33% da semana anterior, marcando o sétimo corte consecutivo. Para 2026, a previsão caiu para uma mediana de 4,05%, frente a 4,06% da semana passada, a sexta redução consecutiva.

