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sexta-feira, 26/12/2025

Dólar sobe um pouco com atenção às taxas de juros dos EUA

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O dólar começou o dia com uma leve alta nesta sexta-feira (12), acompanhando a valorização da moeda americana frente a outras moedas. Isso acontece porque os investidores estão analisando as decisões futuras sobre os juros nos Estados Unidos.

Na última quarta-feira (10), o Banco Central dos EUA (Fed) reduziu a taxa de juros pela terceira vez seguida, fixando a taxa entre 3,5% e 3,75% para o final do ano.

Pela manhã, o dólar estava 0,17% mais caro, cotado a R$ 5,4176. Na quinta-feira (11), a moeda americana caiu 1,11%, valendo R$ 5,404, enquanto a Bolsa subiu 0,07%, chegando a 159.189 pontos.

O dia foi marcado por reações às decisões de juros tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos feitas na quarta-feira.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve a taxa Selic em 15% ao ano, conforme esperado. No entanto, o comunicado oficial não indicou início do corte nas taxas, frustrando expectativas do mercado.

No comunicado, o Copom afirmou que a Selic deve continuar alta “por um período bastante prolongado” e que a estratégia em andamento é suficiente para controlar a inflação. Essa mensagem é mais firme do que a anterior, que usava termos como “suficiente” sem mencionar “em curso”.

O consultor Sérgio Goldenstein, da Eytse Estratégia, comentou que essa mudança reforça que a alta deve continuar por um tempo, mas também abre caminho para que os cortes comecem em janeiro sem causar surpresas bruscas.

Já o economista-chefe Gino Olivares, da Azimut Brasil Wealth Management, acredita que o início dos cortes de juros deve acontecer apenas a partir de março, não em janeiro.

Enquanto isso, nos EUA, a maioria espera que o Fed mantenha a taxa de 3,50% a 3,75% em janeiro. Na quarta-feira, o Fed fez um corte de 0,25 ponto percentual, conforme previsto.

O presidente do Fed, Jerome Powell, comentou que os juros estão bem posicionados para o que vem pela frente e evitou prever os próximos passos, afirmando que as decisões serão tomadas “reunião a reunião”.

João Duarte, sócio da One Investimentos, afirmou que essa postura deixa a porta aberta para possíveis ajustes futuros, o que animou os mercados e fez o dólar se enfraquecer em relação a várias moedas globais pelo segundo dia seguido.

Os próximos dados econômicos dos EUA serão observados atentamente para prever movimentos futuros do Fed. No momento, a chance de novo corte de 0,25 ponto está em 24,4% segundo a ferramenta FedWatch.

No mercado de câmbio, quando a diferença das taxas de juros entre Brasil e Estados Unidos é maior, isso favorece o real. Quando os juros americanos caem e os brasileiros permanecem altos, investidores aproveitam a chance de tomar empréstimos baratos nos EUA para investir no Brasil, comprando reais e pressionando o dólar para baixo.

No setor corporativo, resultados ruins da Oracle levantaram dúvidas sobre o futuro da tecnologia e da inteligência artificial. As ações da empresa caíram mais de 10% no pregão.

Jim Reid, chefe global de pesquisas macroeconômicas do Deutsche Bank, destacou que, apesar do alívio com o corte de juros do Fed, as preocupações com a inteligência artificial continuam fortes, descrevendo os resultados da Oracle como decepcionantes.

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