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sexta-feira, 12/12/2025

dólar sobe ligeiramente e fecha a r$5,41, mas recua na semana

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O dólar terminou o dia em alta, cotado a R$ 5,41, com um pequeno aumento de 0,12%. No entanto, ao olhar para a semana, a moeda americana teve uma leve queda de 0,39%. Essa movimentação esteve ligada principalmente ao comportamento do dólar no mercado internacional e, em menor grau, às notícias sobre as eleições presidenciais de 2026.

Especialistas indicam que a taxa de câmbio está se ajustando após o impacto do anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à presidência, que gerou volatilidade. A decisão recente dos EUA de cortar juros, junto com a manutenção da taxa Selic em 15% no Brasil, contribui para fortalecer o real no curto prazo.

A economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, destaca a volatilidade recente da moeda e o impacto das eleições nas negociações. Ela observa que o diferencial alto das taxas de juros entre os países tem atraído investimentos especulativos para o Brasil.

Pela manhã, o dólar caiu para R$ 5,3796, influenciado por uma valorização de moedas de países emergentes e pesquisas eleitorais que mostram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, liderando frente ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um possível segundo turno. Tarcísio é visto pelo mercado como um candidato capaz de promover ajustes nas contas públicas.

O gerente de câmbio da Treviso Corretora comenta que o real teve uma recuperação após a alta provocada pelo anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro na semana anterior. Ele cita ainda que os rumores políticos diminuíram com apoio de Flávio Bolsonaro à política econômica do ex-ministro Paulo Guedes.

Durante a tarde, o dólar atingiu pico em R$ 5,4256 devido a temores sobre uma possível bolha no setor de Inteligência Artificial e maior aversão a risco no exterior. Já a retirada das sanções aplicadas a Alexandre de Moraes, ministro do STF, e sua esposa pelos EUA, ajudou a valorizar o real mais tarde.

Mercado de ações

O índice Ibovespa fechou a sessão em alta, retomando a marca dos 160 mil pontos, mostrando recuperação após quedas recentes. No acumulado da semana, o índice subiu 2,16%, e no ano, já registra um aumento significativo de 33,66%, indicando otimismo no mercado local.

Durante o dia, o Ibovespa teve variação entre 159.189,10 e 161.263,40 pontos, com volume financeiro de R$ 23,2 bilhões. Apesar da forte queda nas bolsas americanas, o índice brasileiro apresentou desempenho positivo, impulsionado por ações do setor financeiro, varejo e consumo.

A notícia sobre a suspensão das restrições aos ministros do STF colaborou para melhorar o humor do mercado, fortalecendo a relação entre Brasil e Estados Unidos. Entre as ações que mais se valorizaram destacam-se Hapvida, Assaí e Vivara, enquanto Cosan, Minerva e Raízen tiveram queda.

Especialistas analisam que o mercado ainda está digestando o impacto da candidatura de Flávio Bolsonaro, com expectativa de que a direção política do país influencie fortemente o cenário econômico até as próximas eleições.

Juros e câmbio

Os juros futuros apresentaram queda significativa, acompanhando o otimismo gerado pela suposta redução da tensão política e as expectativas de corte da taxa Selic em breve. A exclusão do ministro Alexandre de Moraes e familiares da lista de sanções dos EUA aliviou preocupações entre investidores.

O economista-chefe da Buysidebrazil, Andrea Damico, aponta que essa decisão é positiva para o mercado brasileiro, reduzindo riscos institucionais. Para a economista Marianna Costa, da Mirae Asset, a queda dos juros é uma reação à combinação de fatores internos e externos, reforçando a possibilidade de reduções futuras nas taxas de juros.

Dados recentes do IBGE indicam que o setor de serviços teve expansão moderada, confirmando uma desaceleração do ritmo de crescimento, mas ainda positiva, o que reforça a expectativa de um ciclo gradual de cortes nos juros pelo Banco Central.

Em resumo, o mercado brasileiro está em um momento de ajustes nos preços do dólar, juros e ações, influenciado tanto pela situação política interna quanto por eventos econômicos globais, com perspectivas cautelosamente otimistas para o futuro próximo.

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