O dólar começou o dia com uma pequena alta na terça-feira, 19, enquanto investidores analisam as incertezas políticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Às 9h05, o dólar subiu 0,11%, sendo negociado a R$ 5,441. No dia anterior, a moeda americana já havia subido 0,63%, terminando o dia a R$ 5,433, após a reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.
Este movimento acompanha o cenário global, com o índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas importantes, subindo 0,25%, chegando a 98.111 pontos.
No mercado brasileiro, a Bolsa também registrou alta significativa de 0,71%, alcançando 137.321 pontos, impulsionada pela valorização da Raízen após notícias sobre possíveis investimentos da Petrobras na empresa.
Na reunião em Washington, participaram além de Trump e Zelenski, líderes europeus como Friedrich Merz (Alemanha), Emmanuel Macron (França) e Giorgia Meloni (Itália). Trump declarou: “Vamos acabar com essa guerra, todos querem isso”.
Embora os líderes não tenham tratado publicamente dos detalhes complexos do conflito, a esperança pela paz continua. Este encontro seguiu uma reunião anterior entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin, que durou quase três horas, mas não terminou com um acordo de cessar-fogo.
No Brasil, investidores avaliaram os dados do IBC-Br de junho, que indicam uma leve desaceleração na economia, com crescimento de apenas 0,3% no segundo trimestre. Isso reforça expectativas de possíveis cortes na taxa Selic.
Além disso, o governo brasileiro se prepara para responder a uma investigação comercial dos EUA, defendendo que o sistema de pagamentos Pix não discrimina empresas estrangeiras.
Uma decisão recente do STF, tomada pelo ministro Flávio Dino, exige que ordens judiciais de governos estrangeiros sejam homologadas no Brasil para valerem, buscando proteger autoridades brasileiras de sanções internacionais.
Internacionalmente, o mercado aguarda o simpósio de Jackson Hole e o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que devem indicar os próximos passos da política monetária americana. Espera-se um corte de juros em setembro, o que tem beneficiado o real diante do dólar.