O dólar está subindo um pouco nesta segunda-feira (1º), com investidores aguardando a divulgação dos dados do PIB e o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acontecem na terça-feira (2).
Por volta das 11h54, o dólar estava cotado a R$ 5,4394, uma alta de 0,32%. Na sexta-feira (29), o dólar fechou em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,421. A Bolsa também registrou recorde histórico, com o Ibovespa fechando em 141.422 pontos, alta de 0,36%.
Nesta segunda, o Ibovespa caiu 0,11%, ficando em 141.264 pontos.
O mercado começou o dia em alta, seguindo a tendência da quinta-feira, com investidores focados na possível consolidação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para as eleições de 2026, e na recuperação das ações dos bancos brasileiros.
Nos Estados Unidos, a atenção está nos novos dados de inflação e nas expectativas sobre os próximos passos do Fed (Banco Central americano) em relação à taxa de juros.
Apesar da alta recente, o dólar teve queda de 3,18% em agosto, enquanto a Bolsa subiu 6,28% no mesmo período.
No Brasil, o cenário eleitoral segue em destaque, com o governador Tarcísio de Freitas e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputando influência política após a megaoperação contra o PCC realizada na última quinta-feira.
Essa operação atingiu mais de 350 alvos relacionados ao crime organizado e movimentou cerca de R$ 30 bilhões, com bloqueios de R$ 1,4 bilhão.
O presidente Lula comentou em entrevista que Tarcísio depende politicamente do ex-presidente Bolsonaro.
As discussões comerciais entre Brasil e EUA continuam tensas, com o Brasil analisando medidas de retaliação à tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros.
Há preocupação de que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro possa aumentar essas tensões.
No cenário internacional, a inflação nos EUA, medida pelo índice de preços PCE, avançou 0,2% em julho na comparação mensal, mantendo a meta do Fed em 2%.
Os dados aumentaram a chance do Fed começar a reduzir gradualmente a taxa de juros em setembro.
O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou essa possibilidade recentemente.
Os cortes nos juros nos EUA tendem a atrair recursos para ativos de maior risco, como ações e moedas emergentes, beneficiando o mercado brasileiro.
Por outro lado, a alta persistente da inflação pode fazer com que os cortes sejam mais lentos, o que mantém a pressão de alta sobre o dólar em relação ao real.
Além disso, a demissão da diretora do Fed, Lisa Cook, gera incertezas sobre a autonomia do banco central americano, com ações judiciais em andamento que podem prolongar essa situação.