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sexta-feira, 22/11/2024
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Dólar recua com estímulos e negociações comerciais entre China e EUA

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Governo chinês deve acelerar compras de produtos agrícolas americanos para cumprir “fase um” do acordo

Dólar: moeda americana recua, mas caminha para fechar semana em alta (halduns/Getty Images)

O dólar recua frente ao real, nesta sexta-feira, 19, em linha com a desvalorização da moeda americana no mundo. O movimento é reflexo do maior apetite a risco entre os investidores, otimistas com a possibilidade de novos estímulos e de a primeira fase do acordo comercial entre China e Estados Unidos ser cumprida. Às 9h30, o dólar comercial caía 0,3% e era vendido por 5,354 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, caía 0,7%, vendido a 5,64 reais.

Após a reunião entre representantes dos dois países, a China se comprometeu a acelerar a compra de produtos agrícolas, como milho, soja e etanol, como parte da “fase um” do acordo comercial entre as duas potências, de acordo com a agência Bloomberg. No Twitter, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que a China se comprometeu a honrar o acordo.

Secretary Pompeo

During my meeting with CCP Politburo Member Yang Jiechi, he recommitted to completing and honoring all of the obligations of Phase 1 of the trade deal between our two countries.

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“Notícia positiva para propensão a risco. Ajuda, pelo menos no curto prazo, a reduzir a possibilidade de um rompimento comercial entre EUA e China”, comentaram analistas da Exame Research em relatório desta manhã.

O mercado também repercute positivamente o fundo de recuperação da União Europeia de 750 bilhões de euros. A medida é apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, que deseja que o estímulo saia do papel até o fim de julho, com o intuito de aliviar os efeitos econômicos da pandemia. Contudo, a o pacote de recuperação ainda precisa ser discutido no Conselho Europeu.

Embora a possibilidade de novos estímulos tenha animado o mercado, Ricardo Filho, da corretora de câmbio Correparti, recomenda cautela sobre o tema, tendo em vista que a negociação, que envolve 27 governos europeus, é “pouco animadora”

As negociações devem ser encabeçadas pela própria Alemanha, que irá assumir a  presidência semestral da União Europeia em 1º de julho.

No cenário interno, as atenções se voltam para Brasília, com os investidores atentos aos desdobramentos do caso Queiroz e com a saída de Abraham Weintraub do ministério da Educação. Para alguns analistas, a saída Weintraub foi positiva, já que ajuda a reduzir a tensão entre governo e o Supremo Tribunal Federal (STF).

No famoso vídeo da reunião ministerial, Weintraub havia chamado os ministros do STF de “vagabundos” e disse que deveriam ser presos. Weintraub também fazia parte do inquérito das fake news, tocado pelo STF.

Para Pedro Molizani, trader da mesa de câmbio da Travelex Bank, a escalada das tensões políticas também pode ser contida pelo fato que Queiroz não pretende, pelo menos por ora, fazer uma delação premiada.

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