O dólar perdeu força durante a tarde desta terça-feira, fechando em R$ 5,47, com alta leve de 0,14%. Pela manhã, a moeda chegou a atingir R$ 5,52, mas recuou após declarações do presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Jerome Powell, que apontou uma piora no mercado de trabalho americano, o que aumentou a expectativa de cortes futuros nas taxas de juros.
A melhora no cenário externo foi influenciada também por sinais do governo dos EUA na direção de negociações mais brandas com a China, reduzindo o medo de agravamento na guerra tarifária. O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que o presidente Donald Trump está próximo de uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping para avançar em um acordo.
Powell destacou que, apesar da inflação ainda estar acima da meta, os riscos negativos para o mercado de trabalho aumentaram significativamente, reforçando uma postura cautelosa e decidida a ajustar a política monetária reunião a reunião.
Especialistas destacam que essa perspectiva de cortes de juros favorece moedas emergentes, como o real, que teve um dos melhores desempenhos entre seus pares. Por outro lado, a preocupação com o risco fiscal no Brasil limita o avanço do real, e a taxa de câmbio pode subir para cerca de R$ 5,70 até o final do ano.
Bolsa de Valores
O índice Ibovespa teve desempenho misto e fechou próximo da estabilidade, com leve queda de 0,07%, aos 141.683 pontos. O mercado mostrou pouca força, reagindo negativamente a algumas notícias internacionais e positivas com participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência no Senado.
A alta parcial das ações de setores como mineração e energia reflete uma melhora no sentimento sobre as negociações EUA-China, mesmo com recentes aumentos nas tarifas de importação pelo governo americano. Apesar disso, algumas empresas enfrentaram queda nos preços de suas ações.
Juros
Os juros futuros no Brasil apresentaram uma leve queda ao longo do dia, mas voltaram a subir próximo ao final do pregão após novas declarações do presidente Donald Trump ameaçando ações contra a China. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ressaltou a fragilidade do mercado de trabalho americano e indicou que podem ocorrer mais cortes nos juros, o que pressionou para baixo as taxas locais.
A perspectiva de acordo entre EUA e China é vista como alívio para os mercados, mas os riscos permanecem devido às tensões comerciais e à paralisação parcial do governo americano, que impede a divulgação regular de dados econômicos importantes. No Brasil, indicadores recentes mostram um setor de serviços resistente, mas com sinais de desaceleração.
De maneira geral, o mercado financeiro aguarda a divulgação de novos dados sobre inflação nos EUA e os próximos desenvolvimentos nas negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.