Temores sobre descontrole de gastos no país aumenta após adiamento de “Big Bang” de Guedes por desentendimento sobre valor do auxílio emergencial
O dólar oscila sem viés definido nesta terça-feira, 25, em meio aos temores sobre o descontrole de gastos do governo e após China e Estados Unidos reafirmarem o compromisso sobre o a primeira fase do acordo comercial. Às 13h20, o dólar comercial subia 0,1% e era vendido por 5,602 reais, enquanto o dólar turismo permanecia estável, cotado a 5,91 reais.
A preocupação sobre a questão fiscal no país tem relação com o adiamento da apresentação do pacote apelidado de “Big Bang” pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, por desentendimento sore o valor do auxílio emergencial. De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro queria que o valor do auxílio fosse de 300 reais, e Guedes, de 247 reais.
Jeffeson Ruik, diretor de câmbio da Correparti, conta que desde ontem, o adiamento do “Big Bang” tem pressionado o dólar para cima.“Não adianta falar que vai continuar pagando o Minha Casa, Minha Vida. Tem que mostrar de onde vai tirar esse dinheiro”, disse.
Mais cedo, o dólar chegou a cair mais de 0,5%, refletindo o bom-humor no cenário externo, após a secretaria de Comércio dos EUA afirmar que o governo americano e o chinês “estão comprometidos em adotar as medidas necessárias para garantir o sucesso do acordo”
O entendimento entre as duas partes representa um alívio das tensões comerciais, que vinham se avolumando com as ameaças do presidente Donald Trump contra empresas chinesas de tecnologia, como a ByteDance, do aplicativo Tik Tok,e a gigantesca Tencent, que tem produtos de grande popularidade nos EUA, como os games LOL e Fortnite e o aplicativo WeChat.
No exterior, o dólar opera misto contra moedas emergentes, subindo contra a lira turca e o rublo russo, mas cedendo perante o peso mexicano. Já o índice Dxy, que mede o desempenho do dólar contra pares desenvolvidos, recua 0,2%.