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terça-feira, 09/09/2025

dólar e bolsa sobem com retomada do julgamento de bolsonaro no stf

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O dólar apresentou alta nesta terça-feira, 9, com os investidores atentos à retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Às 10h32, a moeda americana estava cotada a R$ 5,429, subindo 0,24%, alinhada ao comportamento das moedas no exterior. No mesmo horário, o índice DXY, que mede a força do dólar perante outras seis moedas principais, subia 0,53%, chegando a 97.491 pontos.

A Bolsa de Valores também registrava alta de 0,19%, alcançando 142.084 pontos. O aumento no preço do minério de ferro no mercado internacional contribuiu para a valorização das ações da empresa Vale.

O julgamento do ex-presidente promete ser o principal foco do dia. A Primeira Turma do STF retoma os trabalhos com o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que acusa Bolsonaro e outros réus de tentar promover um golpe de Estado.

O julgamento seguirá com os votos dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Com três votos, haverá maioria para condenação ou absolvição.

Esse julgamento tem potencial impacto na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. Quando o então presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em julho, associou a medida a uma suposta perseguição política a Bolsonaro.

Ministros do STF esperam que Trump intensifique ataques ao tribunal em razão desse julgamento.

Segundo Leonel Mattos, analista da StoneX, a conclusão do processo dificulta a aproximação entre Brasil e Estados Unidos, podendo provocar novas sanções e afetar negativamente o real.

Os investidores também estão atentos aos dados econômicos dos Estados Unidos, que influenciam as expectativas para a decisão do Federal Reserve no próximo dia 17, sobre possíveis cortes de juros.

Dados recentes mostraram que a economia dos EUA gerou apenas 22 mil vagas em agosto, abaixo das expectativas, enquanto a taxa de desemprego ficou estável em 4,3%.

Mattos avalia que esses números reforçam a expectativa de cortes de juros mais rápidos nos próximos meses, numa tentativa do banco central americano de estimular a economia.

João Duarte, especialista em câmbio, considera que o diferencial de juros e a expectativa de flexibilização monetária nos EUA mantêm o real relativamente estável, embora sujeito a oscilações.

Recentemente, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou a possibilidade de corte de juros em setembro, mas com cautela.

Na segunda-feira (8), o dólar encerrou estável, cotado a R$ 5,417, enquanto a Bolsa caiu 0,59%, fechando em 141.791 pontos, depois de alcançar 142 mil pontos na sexta-feira anterior.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, aponta que fatores políticos e econômicos recentes contribuíram para o desempenho fraco dos ativos brasileiros.

Ele cita manifestações críticas ao Judiciário, pedidos de união contra o protecionismo americano e ações dos EUA relacionadas à legislação financeira como influências recentes.

Apesar da queda recente, a expectativa é de que o otimismo visto anteriormente continue, com a Bolsa em trajetória de alta, podendo atingir 145.800 pontos, de acordo com analistas da Ágora Investimentos.

Lilian Linhares, da Rio Negro Family Office, reforça que a alta no Ibovespa foi motivada pelas expectativas de cortes de juros nos EUA, impulsionadas por dados menos favoráveis do mercado de trabalho americano.

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