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segunda-feira, 08/09/2025

Dólar cai um pouco com investidores atentos a dados dos EUA

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O dólar começou o dia com uma leve queda nesta quinta-feira (28), enquanto investidores esperam por informações econômicas dos Estados Unidos para entender os próximos passos do Federal Reserve (Fed), que é o banco central americano. No Brasil, dados econômicos e declarações de autoridades também estão sendo observados.

Por volta das 9h04, a moeda norte-americana estava 0,15% mais baixa, cotada a R$ 5,4102. Na quarta-feira (27), o dólar terminou o dia em queda de 0,33%, cotado a R$ 5,415. A atenção dos investidores estava voltada para dados econômicos do Brasil e para falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

A decisão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de demitir uma diretora do Fed também causou repercussão no mercado.

Enquanto isso, o Ibovespa, que abriu em baixa, fechou com uma valorização de 1,04%, alcançando 139.205 pontos. Essa alta foi impulsionada pela recuperação das ações da Sabesp e bancos brasileiros.

Os números do Caged, que mostram o saldo de empregos formais no Brasil, foram divulgados na quarta-feira e apontaram a criação de 129,8 mil vagas em julho. Esse resultado ficou abaixo da expectativa dos economistas, que projetavam 135,6 mil vagas, e é o menor para o mês desde 2020.

Rubens Cittadin, operador de renda variável, comentou que esses dados indicam uma desaceleração da economia, o que é visto como positivo para o Ibovespa, pois sugere uma possível redução dos juros.

Em eventos recentes, Gabriel Galípolo afirmou que a taxa básica de juros do Brasil (Selic) deve permanecer em 15% por um tempo prolongado, já que a inflação ainda não está controlada. O presidente do Banco Central destacou que, apesar disso, o real tem se valorizado acima das moedas de outros países e o mercado de câmbio está estável.

Os investidores globais continuam a buscar investimentos nos Estados Unidos, mas também estão tentando reduzir os riscos causados pela possível desvalorização do dólar.

Fernando Haddad afirmou em entrevista que as tarifas dos EUA devem impactar negativamente a economia brasileira, principalmente setores com exportações significativas para aquele país, mas que o Brasil está preparado para enfrentar essa situação. Ele ressaltou que as negociações entre os países acontecerão na esfera comercial, não política.

Rodrigo Moliterno, especialista em investimentos, comentou que o mercado financeiro nacional teve um dia positivo, com alta nos setores de commodities e financeiro, apesar de não terem ocorrido notícias específicas para esses movimentos.

O mercado segue atento à demissão da diretora do Fed, Lisa Cook, feita por Donald Trump. Essa medida gerou dúvidas sobre a independência do banco central americano. Lisa Cook possui mandato que vai além do governo Trump e foi uma das que votou para manter os juros altos no último encontro do Fed.

A diretora declarou que sua demissão não tem base legal e que não pretende deixar seu cargo.

Desde dezembro do ano passado, o Fed mantém a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%. No entanto, o presidente do banco central americano, Jerome Powell, indicou que pode haver corte nos juros em setembro. Essa possibilidade é vista com otimismo pelos mercados, pois cortes na taxa de juros tendem a aumentar a entrada de recursos em investimentos de renda variável.

Por fim, os esforços do governo brasileiro para negociar a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos do Brasil não tiveram progresso até o momento. As negociações entre os países permanecem pausadas, e há receio de que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal na próxima semana possa agravar as tensões. Lideranças do governo e do STF acreditam que o julgamento pode resultar em mais sanções econômicas e restrições às autoridades brasileiras.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmam que uma condenação no processo do golpe de 2022 é quase certa, embora esperem que a punição não seja a máxima aplicada pelo tribunal.

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