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segunda-feira, 08/12/2025

Dólar cai um pouco após dúvida de Flávio Bolsonaro sobre eleição

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O dólar começou o dia com uma leve queda, em reação ao anúncio de Flávio Bolsonaro de que pode não disputar a presidência em 2026.

Os investidores estão também esperando as reuniões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que vão definir as taxas de juros, começando na terça-feira (9).

Especialistas acreditam que o Banco Central do Brasil deva manter a Selic em 15%, enquanto nos EUA a previsão é de uma redução de 0,25 ponto percentual, o que seria a quarta queda seguida.

Na manhã, o dólar valia R$ 5,4217, com queda de 0,24%. Na última sexta-feira, a moeda subiu muito, atingindo R$ 5,434, após Jair Bolsonaro anunciar que escolheu seu filho Flávio como candidato presidencial em 2026.

Segundo o especialista Daniel Teles, a escolha de Flávio Bolsonaro enfraquece a candidatura do favorito para a disputa, Tarcísio de Freitas, o que pode ajudar na reeleição de Lula.

Durante o dia, o dólar chegou a R$ 5,485, a maior cotação de fechamento desde outubro, aumentando 3,30%.

A Bolsa também caiu forte, perdendo 4,30% e apagando as últimas altas. Foi a maior queda desde 2021. O índice fechou em 157.369 pontos, acumulando uma baixa de 1,07% na semana.

A queda da Bolsa começou após as notícias sobre Flávio Bolsonaro, confirmadas pelo portal Metrópoles e pela Folha de S.Paulo.

Flávio confirmou a decisão nas redes sociais, destacando a missão dada por Jair Bolsonaro para continuar seu projeto para o país.

A forte alta do dólar também se deve à valorização recente do real e da Bolsa, o que deixa os investidores mais cautelosos e propensos a vender ativos, segundo Paula Zogbi, da Nomad.

Dezembro é um mês comum para saída de dólares do país devido à distribuição de dividendos para investidores, o que também pressiona a moeda.

Segundo Daniel Teles, essa transferência de recursos para o exterior costuma ser mais intensa neste mês.

Além disso, há expectativa do novo imposto mínimo sobre lucros, que pode aumentar essa saída nos próximos dias, diz João Daronco, da Suno Research.

Por outro lado, a entrada de capital estrangeiro vem ajudando a Bolsa, com investidores estrangeiros representando quase 59% do mercado brasileiro em novembro.

Rodrigo Marcatti, da Veedha Investimentos, afirma que o dinheiro dos EUA está migrando para bolsas emergentes, o que ajuda o Ibovespa a subir, apesar da queda recente.

Antes dessas notícias, os investidores analisavam o PCE, indicador de inflação dos EUA, que mostrou uma desaceleração da economia no final do terceiro trimestre.

Os dados econômicos dos EUA são parcialmente atrasados devido ao fechamento do governo, com relatórios importantes ainda pendentes antes da reunião do Federal Reserve.

As apostas indicam uma provável nova redução nos juros americanos, com 87,2% de chance, enquanto 12,8% acreditam que o patamar atual será mantido.

Essas decisões dependem de dados de inflação e emprego, que mostram sinais mistos da economia americana.

No Brasil, o Banco Central deve manter a Selic em 15%, conforme expectativa do mercado, após elevações anteriores que indicaram juros altos por tempo prolongado.

Quanto maior a diferença de juros entre Brasil e EUA, mais valorizado fica o real. Investidores aproveitam essa diferença para estratégias de investimento, vendendo dólares para comprar reais.

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