Moeda americana ganha força contra divisas emergentes em cenário de aversão a riscos
São Paulo —O dólar começava a semana em disparada acentuada contra o real, chegando a superar 4,79 reais na máxima em meio à onda de aversão a risco global. Para tentar amenizar o movimento de alta, o Banco Central fez leilão de 3 bilhões de dólares à vista. Na sexta-feira (6), a autoridade monetária havia anunciado que faria leilão de apenas 1 bilhão de dólares. Mas os acontecimentos do fim de semana, fez o BC rever os planos.
Embora tenha sido insuficiente para mudar a direção do câmbio, após a medida, o dólar suavizou o movimento de alta. Às 9h40, a moeda americana subia 2,07% e era negociada por 4,73 reais na venda, depois de ter atingido cotação recorde de 4,793 reais mais cedo.
Nesta segunda-feira, o diretor de política monetária da autarquia, Bruno Serra, indicou que as intervenções cambiais do Banco Central podem durar o tempo que for necessário e que não tem preconceito ou preferência por uso de nenhum dos instrumentos à sua disposição.
Com a forte valorização do dólar, o mercado já começa a rever as projeções para a Selic, já que um novo corte poderia aumentar a desvalorização do real. Em comunicado a clientes, o economista-chefe da Necton, André Perfeito, informou que oide rever a projeção da casa para nenhum corte.
O dólar interbancário caiu 0,36% na última sessão, a 4,6344 reais na venda, primeira queda em 12 pregões.